Após denúncia de Taques, Arnaldo se diz tranquilo e garante legalidade


Valérya Próspero

   O secretário estadual de Transporte e Pavimentação Urbana Arnaldo Alves garante que todos os documentos que o senador Pedro Taques (PDT) têm em mãos foram fornecidos pela própria secretaria devido a solicitação feita pelo Senado há 2 meses e, por isso, não tem nada a temer sobre as investigações. O secretário também ressaltou que na época em que o processo de dispensa de licitação foi realizado ninguém sabia ainda quem era Carlinhos Cachoeira.
   Membro da CPI do Cachoeira, o senador Pedro Taques denunciou na tribuna do Senado nessa quarta (17) que a recuperação de estrada de terra de 164 km da rodovia estadual MT 322, que liga o Xingu a Bom Jesus do Araguaia, em junho de 2011, pode ter sido realizada de forma irregular. Primeiro pela dispensa de licitação, sob justificativa de que o estado da estrada era precário. “Se fosse assim não haveria mais licitação no país”, dispara.
   Ele revelou também que as 3 empresas indicadas a fim de encaminharem as propostas para fazer a obra, Rio Tocantins, Terra Planagem e Delta, estão na lista das que têm negócios escusos com Cachoeira. O parlamentar ironizou a situação dizendo que tudo poderia ser apenas uma coincidência.
   Conforme Taques, a empresa usou as mesmas estratégias “criminosas” para tirar vantagem na rodovia estadual. Apresentava preços abaixo da tabela do mercado, inclusive menores que os recomendados pelo Dnit e, no fim, entrega pela metade ou com defeito. O pedetista encaminhou a representação ao Ministério Público de Mato Grosso e ao Tribunal de Contas. Arnaldo afirma que ainda não viu as declarações de Taques, mas, após vê-la, se achar necessário, deve responder no período da tarde.
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