Agentes apreendem camisetas falsas da PF


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Candidato derrotado a vereador pelo PSB, João Chiroli confeccionou cerca de 200 delas. Ele prestou depoimento na superintendência da Polícia Federal e foi liberado


Camisetas continham a palavra “Federal” na parte da frente e, na manga, a frase: “Apoio o movimento federal contra corrupção”
HELSON FRANÇA
Da Reportagem

A Polícia Federal apreendeu por volta de 200 camisetas com a inscrição “Federal”, que seria uma alusão ao uniforme dos agentes da PF. A apreensão aconteceu no escritório onde funciona a parte jurídica da coligação “Cuiabá, Mato Grosso, Brasil”, liderada pelo candidato a prefeito de Cuiabá, Lúdio Cabral (PT). O material - que poderia ser utilizado para intimidar a população no dia da eleição, com o intuito de induzir o voto a determinado candidato - foi apreendido depois do recebimento de uma denúncia por parte da PF.

Quatro agentes foram até o escritório, localizado no edifício Paiaguás, que fica na avenida do CPA, e fizeram o flagrante, assim que uma funcionária que trabalha no local recebeu a caixa que continha as camisetas. Ela foi levada para a sede da PF, prestou depoimento e foi liberada. 


Ainda ontem, o delegado da Polícia Federal, Cristiano Nascimento, ouviu representantes das duas coligações que disputam a prefeitura, mas não emitiu um posicionamento oficial à imprensa. Dessa forma, sobraram trocas de acusações entre as partes envolvidas.

O advogado José do Patrocínio, que representa a coligação do petista, acusa o grupo adversário de ter cometido uma “armação” contra Lúdio. Ele ressalta que a maior prova disso é que a Chiroli Uniformes, empresa responsável pela confecção das camisetas, pertence a João Nery Chiroli – que, nesta eleição, concorreu ao cargo de vereador pela coligação do empresário Mauro Mendes (PSB).

Patrocínio disse que Chiroli estava com a PF no momento do flagrante e o acusou de ser o autor da denúncia. “Ele [Chiroli] fez isso para beneficiar o seu candidato. Não fizemos pedido do tipo para ele”.

Segundo o advogado da coligação petista, além da tentativa de desestabilizar a campanha de Lúdio, a “ação orquestrada” do grupo de Mendes teria como principal finalidade atrapalhar a parte jurídica. Patrocínio disse que tem recebido inúmeras denúncias de compra de votos e de material ofensivo (como panfletos apócrifos e “jornais”) a Lúdio, sendo distribuído pela cidade, pelo grupo do empresário. “O ‘Comitê da Maldade’ realmente funciona, e dá trabalho”. Patrocínio não descarta a possibilidade de entrar com uma representação na Justiça Eleitoral contra os adversários de Lúdio.

O advogado José Antônio Rosa, que defende a coligação de Mendes, acusou o grupo do petista de estar usando de meios ilícitos para tentar ganhar a eleição e que, por conta disso, irá pedir a cassação do registro de candidatura de Lúdio e seu vice, Francisco Faiad (PMDB). “Estão armando para cima de nós, com acusações infundadas de compra de votos, fazendo flagrantes forjados e agora com esse crime, onde tentam fazer uma usurpação das atribuições da Polícia Federal. Vou pedir a cassação quantas vezes forem necessárias”. Ele acusou Hélio Corrêa, coordenador de Logística da campanha de Lúdio, de ser o autor da encomenda e mostrou uma gravação em seu celular de uma suposta conversa entre Chiroli e Corrêa, acertando os detalhes do pedido. Rosa ainda ressaltou que Corrêa teria feito a encomenda a mando do ex-secretário Eder Moraes, um dos apoiadores do petista.

Procurado pela reportagem, Chiroli negou que tenha sido o autor da denúncia e que esteve em companhia da PF no momento do flagrante. Ele também negou que tenha alguma ligação com Mauro, lembrando que confeccionou bandeiras para os dois candidatos. Chiroli ainda disse que desde sexta-feira vem sendo seguido por agentes da PF. 
http://www.diariodecuiaba.com.br/detalhe.php?cod=420113