Wallace chama Lucimar de mimada: "Ela não sabe o que é trabalhar"


Candidato sobe o tom ao rebater críticas de adversária

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Deputado estadual Wallace Guimarães afirma que Lucimar foi mimada às custas do poder público
HELSON FRANÇA
DA REDAÇÃO
O candidato a prefeito de Várzea Grande, deputado estadual Wallace Guimarães (PMDB), foi incisivo ao responder às críticas da adversária Lucimar Campos (DEM) - mulher do senador Jayme Campos (DEM) -, que culpou o concorrente pela precariedade da saúde na cidade e ainda insinuou que a mulher dele, Jaqueline Guimarães, recebe dinheiro público sem trabalhar. Leia AQUI

“Ela [Lucimar] não sabe nada sobre a vida. Na verdade, foi mimada a vida toda pelo marido às custas do poder público. Lucimar não sabe o que é trabalhar, pois nunca precisou”, disparou Wallace.

Na avaliação dele, as críticas da adversária, além de soarem desrespeitosas, são motivadas pelo “desespero”, devido aos resultados das últimas pesquisas de intenção de votos: Lucimar, apesar de ainda ter a preferência do eleitorado, aparece em declínio, enquanto Wallace está em ascensão.

“Não vamos [a coligação Várzea Grande com Seriedade] entrar nesse jogo baixo. Iremos continuar a caminhada até o dia 7 de outubro mantendo o tom propositivo de nossa campanha. Porém, se tivermos que fazer alguma denúncia, será baseada em documentos”, afirmou.

O deputado também rebateu as declarações de Lucimar sobre a atuação dele como membro da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa. Segundo ela, a falta de empenho de Wallace contribuiu para que o município ficasse sem receber, por três meses, recursos do governo do Estado para a área da saúde.

“Como legislador, o que eu podia fazer era cobrar dos responsáveis, e isso eu fiz. O governador Silval Barbosa e o secretário de Estado de Saúde e o adjunto da pasta [Vander Fernandes e Maria Vilas, respectivamente] foram cobrados. Dos três meses atrasados, um já foi pago. Porém, a precariedade da saúde não se dá pela falta de R$ 2,4 milhões, e sim por um descaso histórico de 48 anos de administração dos Campos, que nada fizeram pela saúde de Várzea Grande”, bradou. Os irmãos Júlio e Jayme já foram prefeitos de Várzea Grande.

Questionado se não se sentia conivente com a situação, já que até pouco tempo pertencia ao grupo político da família Campos, Wallace se esquivou.

“Eu pertencia ao partido [DEM], mas não fazia parte do grupo deles”.

Saúde da esposa

Wallace disse que a sua esposa, Jaqueline Guimarães, que há 20 anos é médica concursada da rede municipal de saúde, encontra-se de licença médica para tratar de um câncer. “Ela passou por sessões de quimioterapia e radioterapia. A última delas ocorreu no dia 30 de agosto. Essas sessões baixam a imunidade e a pessoa fica muito mais vulnerável às doenças”, explicou.

O candidato ressaltou que a licença de Jaqueline tem validade até dezembro e que, nesse período, o salário da esposa não é custeado pela prefeitura - como insinuou Lucimar. “Os subsídios da Jaqueline são pagos pela Previvag, o órgão previdenciário dos funcionários públicos do município”.

Ele ainda defendeu sua esposa, dizendo que, ao contrário do que Lucimar disse, Jaqueline nunca comprou medicamentos vencidos enquanto foi secretária Municipal de Saúde de Várzea Grande.

“O único pregão que Jaqueline assinou foi quando já estava saindo. E esse pregão pertencia ao ex-secretário da pasta, Arilson Arruda (PRB), que é vice de Lucimar. Quando a notícia da compra dos remédios veio à tona, minha esposa já nem estava mais na Secretaria”, argumentou.

“Jaqueline foi Secretária somente por 1 ano e 2 meses. O vice de Lucimar administrou a pasta por 12 anos. O que ele fez para a saúde da cidade?”, questionou Wallace.