CLÁUDIO MORAES
Da Editoria
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A juíza da 49 zona eleitoral de Várzea Grande, Marilza Aparecida Vitório, negou no final da tarde de hoje três pedidos de liminares feitos por adversários do prefeito Sebastião dos Reis Gonçalves, o "Tião da Zaeli" (PSD), para suspender o programa eleitoral veiculado
na propaganda eleitoral gratuita na televisão em que são criticados e "culpados" pelo caos na saúde pública do município. As representações eleitorais foram protocoladas pelo candidato a vice-prefeito na chapa encabeçada por Lucimar Campos (DEM), o médico Arilson Arruda (PRB); e também pelo candidato a prefeito Walace Guimarães (PMDB) e a esposa dela, a médica Jaqueline Guimarães.
Além de negar a suspensão dos programas veiculados na noite da última sexta-feira e hoje ao meio dia, a magistrada negou Direito de Resposta. Na televisão, o atual diretor administrativo e financeiro do pronto-socorro, o advogado Geraldo Araújo, apontou as responsabilidades dos três médicos em relação aos problemas no setor.
Em relação a Arilson Arruda, Geraldo Araújo afirmou que o vice de Lucimar Campos se tornou dono de hospital particular em Cuiabá após ter sido durante 12 anos secretário de Saúde de Várzea Grande nas gestões dos ex-prefeitos Jaime Campos (DEM) e Murilo Domingos (PR). "As críticas, mesmo que veementes, fazem parte do jogo eleitoral, não ensejando, por si só, o direito de resposta, desde que não ultrapassem os limites do questionamento político e não descambe nem para o insulto pessoal, nem para a increpação de conduta criminosa. Em outras palavras, a veiculação de comentários críticos à Administração Pública se coloca no plano da censura objetiva ou impessoal ao governo estadual como um todo, o que é rigorosamente ínsito à disputa eleitoral”, diz a decisão ao acrescentar que "em análise superficial dos autos, parece-me que os fatos aqui narrados não passam da esfera da crítica do período representante (Arilson) ocupou o cargo de Secretário de saúde deste município".
A esposa de Walace Guimarães foi denunciada pelo diretor do pronto-socorro de se licenciar do cargo para tratamento de saúde, mas continuar recebendo um salário mensal e atuando na campanha do marido. "Em análise superficial dos autos, parece-me que os fatos aqui narrados não passam da esfera da crítica à representante (Jaqueline)", citou a decisão ao recusar o pedido de liminar.
Sobre as críticas de que Walace não tem colaborado para resolver os problemas na saúde, a juíza também negou a pretensão do candidato. Marilza Aparecida Vitório citou que o parlamentar tem função pública e as críticas são naturais num processo eleitoral.
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