Izabela Andrade e Edilson Almeida | Redação 24 Horas News
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Mesmo com uma atuação pífia na Câmara Municipal de Várzea Grande, 11 dos 13 vereadores que disputam a reeleição tiveram uma evolução patrimonial esquisita. Alguns ficaram mais pobres em quatro anos de legislatura. Outros mostraram que o período foi bastante fértil: são sócios de empresas e investiram alto em algo que, a princípio, foge a racionalidade, mas que tem uma explicação política no mínimo passível de uma boa averiguação: compraram maquinário, muito maquinário.
Conforme divulgado a declaração de bens na Justiça Eleitoral, os parlamentares do Palácio Benedito Gomes, visando engrossar o salário de R$ 6 mil mensais, se tornaram grandes empreendedores. Além do pessoal do maquinário, que sugere terem se tornado pequenos empreiteiros, têm o grupo dos que avançaram sobre o mercado imobiliário – seguindo a máxima do “melhor investimento”.
Um exemplo de como ganhar dinheiro pode ser consultado junto ao vereador de segundo mandato, Antonio Cardoso (PSD). Em 2008 o então Irmão Cardoso, eleito com 3.051 votos, não havia declarado nenhum patrimônio. Porém, sua em sua relação disponível na Justiça Eleitoral, agora, há 8 terrenos no Jardim Maringá I e uma chácara as margens do rio Cuiabá. Salário de R$ 6 mil.
Cardoso também faz parte da ala dos empreiteiros, assim como Wanderley Cerqueira, ex-presidente da Câmara e o vereador mais votado do município em 2008. Juntos, eles dispõem de maquinário de dar inveja a qualquer Secretaria de Infraestrutura de cidades do interior do Estado. Dois caminhões, duas máquinas pá carregadeiras, uma retro-escavadeira e uma máquina motoniveladora, fazem parte do “arsenal” dos parlamentares. Não é de bom alvitre questionar onde o maquinário é usado.
A única mulher do legislativo várzea-grandense, Isabela Guimarães (PSD), é a empresária com duas sociedades as quais tem participação, conforme informa o Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ). As empresas constituídas são de venda de artigos para cama, mesa e banho e fabricação de sabões e detergentes.
Já o presidente da Câmara, Maninho de Barros entre todos foi aquele que mais enriqueceu em quatro anos. Ele saiu de um apartamento no valor de R$ 40 mil para uma casa de 1 mil m², sendo 585 m² de área construída. Também é de Maninho veículo mais caro, o modelo Santa Fé está avaliado em R$ 104 mil.
Com exceção de Chico Curvo (PSD) o eterno vereador e Várzea Grande e o médio Domingos Sávio que ainda não tiveram suas candidaturas liberadas pelo Tribunal Superior Eleitoral, os demais como elevaram seus patrimônios com aquisição de motos, caminhonetes e carros.
Agora, como tudo, tem outro lado da moeda. Jamais consulte Fábio Saad e o policial militar Hilton Gusmão se o assunto for onde investir seu dinheiro. Os dois integram o time dos “mais pobres” do Legislativo de Várzea Grande. Como o policial civil, João Madureira e o médico Marcos Boró por duas legislaturas consecutivas não declararam ter qualquer patrimônio. Na dúvida, são também os pobres.
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