Os irmãos André e Ana Paula cresceram na Aldeias Infantis SOS de Jacarepaguá. A eles foi oferecido proteção e desenvolvimento. Hoje são pessoas realizadas profissionalmente e que constituíram suas próprias famílias. |
“Meu sonho de criança sempre foi defender o próximo de maldades e ações ilícitas”, revela André Ferreira Benedito, jovem que cresceu na Aldeias Infantis SOS Jacarepaguá. Hoje, com 29 anos, está montando sua empresa de segurança privada e pretende se casar nos próximos meses.
Com sete anos apenas, André chegou na Aldeias acompanhado de uma assistente social e quatro dos seus nove irmãos. Tudo começou quando sua mãe faleceu e seu padrasto os abandonou. De uma família humilde e com pouca estrutura, André ressalta que só teve sucesso em sua vida graças ao apoio que encontrou na Organização: “Eu e meus irmãos passamos por muitas dificuldades e se tivéssemos ficado nas ruas ou perdidos, possivelmente estaríamos em caminhos errados. A Aldeias foi essencial na minha formação como pessoa e profissional. Ao completar 18 anos, já estava trabalhando numa boa empresa e consegui meu sustento”.
Num trabalho de identificação das potencialidades de André, a Aldeias Infantis apresentou a ele algumas oportunidades, através de cursos de qualificação, como marcenaria, música e informática. “Sempre me identifiquei com a música, o que me ajudou a ser disciplinado e determinado sobre meus objetivos. Além disso, conheci várias casas de shows, participei de programas e eventos musicais. Foi um período muito bom para meu desenvolvimento”.
Para seus irmãos, o trabalho também foi muito cuidadoso e especial. Ana Paula, uma das mais velhas, apesar de sofrida pela separação inevitável de sua família, era uma jovem muito alegre e ao mesmo tempo tímida. Atualmente, com 25 anos, é educadora, formada em pedagogia e está casada desde 2008. Trabalha com as crianças do Fortalecimento Familiar e Comunitário da Aldeias Infantis SOS de Jacarepaguá.
“Tenho boas lembranças de quando fui criança na Casa Lar, com a mãe social Jussara, muito carinhosa e acolhedora. Sempre olhava nossos cadernos da escola e ajudava nas tarefas. Lembro também do momento das refeições, onde fazíamos uma oração de agradecimento por tudo o que tínhamos. A cada dia uma das crianças rezava em voz alta. Foi um momento muito marcante.”, relata Ana Paula.
Após o processo de emancipação Ana Paula também conquistou sua autonomia social e econômica, afinal sempre foi muito dedicada aos estudos. E, o tempo foi passando, mas o vínculo de confiança permaneceu, continuou procurando apoio da Organização. Participou de vários cursos de capacitação oferecidos a comunidade local. Até que certo dia, recebeu uma grata visita: um casal de padrinhos internacionais. “Para mim foi um sonho, pois desde pequena mantive contato com eles, através de cartas e desenhos. Quando saí da Aldeias continuei esta relação por e-mail, telefone e Skype. Eles chegaram a vir para o Brasil duas vezes, a primeira eu tinha 15 anos e depois, aos 23 anos, em 2010. Foi muito agradável, eles conheceram minha casa e convidaram a mim e meu marido para viajar até a Suécia e conhecer a família toda. Em julho do mesmo ano, fomos até lá. Nos receberam com muita festa, todos queriam nos tocar, abraçar foi um carinho bem especial. Eles guardaram minhas fotos de pequena e todas as cartas que mandei. Foram muitos momentos de emoção. Passeamos bastante, ficamos um mês e aproveitamos também para conhecer a Dinamarca.”
Cheios de planos para o futuro e de histórias para contarm o casal de irmãos, mantem os laços familiares estabelecidos. Na oportunidade do dia a dia se reúnem para confraternizar, falar dos acontecimentos e comemorar suas vitórias.
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