William Lynn é condenado a pena de 3 a 6 anos de reclusão
FILADÉLFIA - O monsenhor William Lynn, clérigo de mais alto cargo a ser condenado no escândalo que envolve a Igreja Católica nos EUA, foi sentenciado nesta terça-feira a uma pena de três a seis anos de prisão por encobrir casos envolvendo o abuso sexual de crianças na Filadélfia. Ao anunciar o veredicto, a juíza M. Teresa Sarmina disse que Lynn estava sendo punido por proteger “monstros com roupas de clérigos que molestaram crianças”. Os advogados do religioso informaram que vão apelar da decisão. Lynn foi absolvido do crime de abuso sexual.
Como ex-secretário para o clero na Arquidiocese da Filadélfia, Lynn, de 61 anos, era responsável por 800 padres. Ele foi condenado no mês passado por encobrir denúncias de pedofilia, transferindo sacerdotes suspeitos para outras paróquias entre 1992 e 2004.
Um dos casos envolvia o padre Edward Avery, que foi afastado do sacerdócio e espera uma sentença de dois anos e meio a cinco anos de reclusão. Avery, que deveria ter ido a julgamento com Lynn, se declarou-se culpado no último minuto por ter abusado sexualmente de um coroinha de 10 anos de idade e já foi detido.
O sacerdote foi acusado depois de um relatório do júri da Filadélfia, emitido em janeiro de 2011. A chave para a condenação de Lynn, de acordo com o presidente dos jurados, foi o testemunho do próprio monsenhor de que havia seguido ordens do cardeal Anthony Bevilacqua para justificar as ações por motivos de saúde. O testemunho também mostrou que Bevilacqua ordenou que uma lista de padres acusados fosse destruída, mas uma cópia foi encontrada em um cofre da arquidiocese.
Os promotores usaram a lista para mostrar que a Igreja estava ciente do abuso sexual de vários sacerdotes e encobriu sua existência. Já a defesa usou os nomes para argumentar que havia tentado “conter o problema de Lynn“.
Vinte testemunhas descreveram durante o julgamento como vários sacerdotes haviam abusado deles. De acordo com a sentença, Lynn não apurou as denúncias e em alguns casos disse que os padres é que foram seduzidos.
Além da acusação de Lynn de encobertar os pedófilos, três padres e um professor da escola da antiga diocese foram acusados de crimes sexuais contra crianças. Um dos sacerdotes, o reverendo James Brennan, foi julgado junto com Lynn, mas o júri não conseguiu chegar a um veredicto sobre as acusações de tentativa de estupro de um menino de 14 anos e abuso infantil.
Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/mundo/monsenhor-sentenciado-por-encobrir-casos-de-pedofilia-nos-eua-5568467#ixzz21ZbwV6xE
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