Governador admite que Estado pode passar a administrar jogo lotérico

Gabriela Galvão

 -- Silval Barbosa
Silval Barbosa
  Após suspeita de interesse do contraventor do jogo do bicho Carlinhos Cachoeira em controlar a Loteria do Estado de Mato Grosso (Lemat) e posterior suspensão da abertura da autarquia, o governador Silval Barbosa (PMDB) declarou, na última semana, que o Estado pode assumir a gestão. Como alternativa de arrecadação, a Lemat estava prevista para entrar em funcionamento no segundo semestre deste ano.
   A intenção do governador ao recriar a loteria era transferir a gestão de imediato para a iniciativa privada. Com a divulgação de escutas telefônicas em que o bicheiro dialoga com pessoas que afirmam ter influência junto ao peemedebista, garantindo o direcionamento da licitação, Silval começa a pensar em novas alternativas para ativar a estrutura que pode trazer para os cofres do Estado um montante superior a R$ 3 milhões apenas no primeiro ano de funcionamento.
   Silval garante, no entanto, que nunca teve conhecimento das intenções do bicheiro em investir no Estado. “Falaram que estavam participando de uma concorrência de uma loteria que não existiu. É conversa de boteco entre dois bêbados, dois malucos, falando de um terceiro que não tem conhecimento nenhum”, declara o governador, sempre que questionado sobre o assunto.
   A lei de criação de Lemat é de 1953, quando o Estado ainda era governado por Fernando Corrêa da Costa. A loteria, contudo, só foi ativada no governo Júlio Campos (1983 a 1986) e acabou desativada pelo mesmo governador. Sua reativação foi proposta em 2007 pelo deputado estadual José Riva (PSD). A nova regulamentação da autarquia, por sua vez, foi publicada apenas em novembro do ano passado e desde então aguarda a realização do processo licitatório.
   Chegou a ser marcada audiência pública para debater o Termo de Referência para lançamento do edital de licitação, que acabou suspensa com a repercussão negativa envolvendo o nome de Carlinho Cachoeira. O bicheiro foi preso pela Polícia Federal acusado de comando um esquema de jogos ilegais em Goás.
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