Romilson Dourado
Em Brasília, João Teixeira não perdia uma partida de futebol entre os congressistas. No centro do poder, fazia barulho. Hoje entregue ao ostracismo político, Teixeira só faz barulho como locutor de festa do peão e em provas de laço e tambor. Começou a "morrer politicamente" com a decisão de se abster de votar no processo de impeachment do então presidente Fernando Collor de Mello.
Em maio de 1992, denúncia feita pelo próprio irmão do presidente, Pedro Collor, de que o ex-caixa da campanha presidencial, Paulo César Farias (PC), havia enriquecido ilicitamente e continuava obtendo vantagens governamentais, tendo ligações diretas com o presidente Fernado Collor, provocou a abertura de CPI para apurar o caso.
A CPI constatou o envolvimento de PC Farias com despesas da casa presidencial (Casa da Dinda). Manifestações populares e estudantis ganharam as ruas em todo o país a favor do impeachment. Em 29 de setembro do mesmo ano, a Câmara dos Deputados cassa o mandato de Collor com 441 votos a favor e 38 votos contrários. João Teixeira, que pertence ao grupo dos ex-governadores e irmãos Júlio e Jayme Campos, deputado e senador, respectivamente, foi um dos que se abstiveram de votar.
Agora, após muitos anos fora da militância política e incentivado pelos caciques do DEM, que estavam desesperados para conseguir montar chapa pura para vereador, João Teixeira topou disputar para vereador. Não terá missão fácil. Para conseguir a cadeira, ele precisará ter ao menos 3 mil votos, considerando o "peso eleitoral" do quadro de concorrentes pelo seu partido e a previsão do quociente eleitoral ficar em 12,5 mil votos por vaga. Em Cuiabá, estão inscritos 525 candidatos às 25 cadeiras na Câmara, 6 a mais em relação à composição de hoje.
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