Estudo, conduzido pela Organização Mundial da Saúde, destaca maiores riscos de abusos físicos e sexuais; estigma, discriminação e ignorância entre os fatores que levam aos atos violentos.
Um estudo da Organização Mundial da Saúde, OMS, revela que crianças com deficiência têm até quatro vezes mais chances de sofrer violência física ou sexual.
Os menores com doença mental ou deficiência intelectual estão entre os mais vulneráveis, com 4,6 vezes mais risco de passar por abuso sexual, na comparação com crianças sem deficiência.
Negligência
A pesquisa da OMS, publicada na revista especializada The Lancet, aponta o estigma, a discriminação e a ignorância entre os fatores de risco.
De Genebra, o médico da OMS, Tom Shakespeare, explica que em muitos casos, as crianças com deficiência são colocadas em instituições, onde a negligência é mais comum.
Segundo o médico, esses menores tem mais problemas de comunicação e muitas vezes não são ouvidos, compreendidos e por isso a chance de ataque é maior.
Agenda
Foram avaliadas mais de 18 mil crianças de países desenvolvidos, como Estados Unidos, Finlândia, França, Espanha e Grã Bretanha.
A OMS afirma também que os dados de países de rendas baixa e média não foram conclusivos, mas há indícios de que os casos de violência contra crianças com deficiência nessas nações podem ser bem maiores.
A agência defende a criação de uma agenda para prevenir a violência e reduzir as consequências nos que sofrem o abuso.
Já o Escritório de Direitos Humanos da ONU afirmou nessa quarta-feira que os casos continuam amplamente escondidos. A prioridade do órgão é lutar pela maior proteção de mulheres e meninas com deficiência.
Fonte: RÁDIO ONU.
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