Guru alertou sócio da Yoki sobre risco de morte

Orientador espiritual do casal aconselhou Matsunaga a tirar armas de casa porque a mulher poderia matá-loCRISTINA CHRISTIANO 
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Sergio Tomisaki/Diário SPDelegados Jorge Carrasco e Mauro Dias, do DHPP, dizem que não há mais dúvidasDelegados Jorge Carrasco e Mauro Dias, do DHPP, dizem que não há mais dúvidas
O diretor-executivo da Yoki, Marcos Kitano Matsunaga, de 42 anos, foi alertado pelo orientador espiritual do templo frequentado pela família sobre o risco de ser morto pela mulher, Elize Matsunaga, de 30. A informação é do advogado da família de Marcos, Luís Flávio D’Urso, e foi confirmada pelo reverendo em depoimento no DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa).
“O reverendo falou para o Marcos tomar cuidado e retirar todas as armas do apartamento”, diz D’Urso. Ele contesta a versão da defesa de Elize de crime sem premeditação. “Se chegou a ponto de o Marcos ser alertado é porque a mulher deve ter falado algo”, deduz.
Em entrevista ao “SPTV”, o advogado de Elize, Luciano Santoro, afirmou que sua cliente atirou no marido no calor da discussão e se arrependeu. Elize teria contado a Marcos que contratou um detetive para segui-lo e descobriu que estava sendo traída. O marido teria ameaçado brigar pela guarda da filha do casal, de um ano, e dado um tapa na mulher, o que desencadeou o crime.
A intenção de Elize era levar o corpo do marido, esquartejado em duas malas, para o Paraná e dar queixa de desaparecimento. Mas lembrou-se da filha, que estava sozinha com a babá, e retornou a São Paulo. Em Capão Bonito, na região de Itapetininga, foi multada por radar inteligente, por falta de licenciamento, e depois parada numa blitz da Polícia Rodoviária com o cadáver ainda no carro.
Polícia dá caso por encerrado e vai pedir a prisão da viúva
O diretor do DHPP, Jorge Carrasco, deu neste sábado o caso como encerrado. Segundo ele, na segunda-feira o delegado Mauro Dias, responsável pelas investigações, deverá relatar o inquérito e encaminhá-lo à Justiça com pedido de prisão preventiva de Elize Matsunaga.
O advogado Luís Flávio D’Urso disse que ainda há pontos sem resposta para serem esclarecidos, entre eles se houve ou não premeditação do crime. Segundo ele, o casal fazia terapia familiar e a polícia ainda não ouviu a psicoterapeuta. Elize fazia programas antes de conhecer o marido, em 2004. Em 2009 se casaram. D’Urso confirmou ainda que, a princípio, a filha do casal vai continuar sob os cuidados de uma tia de Elize, que está no apartamento onde ela morava com Marcos, na Zona Oeste.

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