Família de executivo da Yoki não vai disputar guarda da filha

Marcos Kitano Matsunaga foi morto e teve corpo esquartejado
Marcos Kitano Matsunaga foi morto e teve corpo esquartejado


O advogado da família de Marcos Matsunaga, 42, que foi morto e esquartejado, disse que, por enquanto, não haverá disputa pela guarda da filha do casal de um ano. Elize, que confessou ter matado o marido, está presa.

"Ontem, o pai do Marcos falou com a tia da Elize [que está cuidando da criança na casa do casal] e ele ficou convencido de que ela está sendo bem assistida. A principal preocupação da família é com o bem-estar da menina, então não há motivo para disputa", disse o advogado Luiz Flávio D'Urso.
Folha revelou em reportagem publicada nesta sexta-feira que o casal passava por uma crise conjugal e a mulher já havia pedido a separação três vezes. A informação é do advogado de Elize, Luciano Santoro.
O executivo, entretanto, dizia que se eles se separassem, ficaria com a filha deles. A disputa pela filha teria motivado o crime.
Sobre o argumento do advogado de Elize, D'Urso afirma que a família de Matsunaga tinha um bom relacionamento com Elize e que desconhece a informação de que o casal estaria passando por uma crise. Os pais da vítima dizem que não conhecem a família de Elize --de quem ela nunca falava.
Matsunaga conheceu a mulher num site de relacionamentos, quando ela era garota de programa, segundo o advogado de Elize.
Sete pessoas foram ouvidas na investigação. Dentre elas está o detetive particular contratado por Elize para seguir o marido e que comprovou que ele a traía. 
CONFISSÃO
Elize está presa desde o dia 4 e na quarta (6), em um depoimento de aproximadamente oito horas à polícia, confessou o crime.
O executivo era um dos herdeiros da Yoki Alimentos, vendida recentemente a um grupo norte-americano por R$ 1,75 bilhão.
Ela disse ter matado Matsunaga com um tiro na cabeça após uma discussão, seguida de agressão, provocada por ciúmes.
O crime ocorreu de 19 para 20 de maio no apartamento do casal.
Elize disse aos policiais que, após balear o marido com a arma que ganhou dele, arrastou o corpo para o banheiro de um dos quartos da casa, esperou algumas horas e começou a cortá-lo com uma faca.
Após atirar no marido, Elize --que é bacharel em direito e tem formação técnica em enfermagem-- disse que esperou cerca de dez horas o corpo esfriar para evitar um sangramento maior da vítima.
Depois, colocou o corpo em sacos plásticos e os jogou em um terreno baldio em Cotia, na Grande São Paulo.
Ela afirmou também que se desfez do corpo no mesmo dia --disse que costumava passar pela região a caminho de um sítio em Ibiúna
Na presença de seu advogado, Luciano Santoro, Elize contou que demorou cerca de quatro horas para esquartejar o marido. Depois, limpou o banheiro para evitar rastros.
A filha do casal, de um ano, estava no apartamento na hora do crime. Elize e Matsunaga se casaram há dois anos.
Na quarta (6), a prisão temporária de Elize foi prorrogada por mais 15 dias pela Justiça. 
IMAGENS
A polícia divulgou na noite de quarta (6) as imagens de câmeras de segurança do prédio onde o casal morava. Elas foram os principais indícios que levantaram a suspeita sobre a participação de Elize.
As imagens mostram, no sábado (19 de maio), o casal, a filha e uma babá chegarem ao apartamento por volta das 18h30. A babá, dispensada, foi embora logo em seguida.
Cerca de uma hora depois, Matsunaga desce até a portaria para pegar uma pizza. Ele estava com a mesma roupa --uma camisa marrom-- encontrada pela polícia nos locais onde pedaços de seu corpo foram deixados.
Às 5h de domingo (20), a babá chega ao apartamento --onde tem acesso limitado, não podendo circular por todos os cômodos. Por volta das 11h30, Elize desce até a garagem, pelo elevador de serviço, com as três malas que teriam sido usadas para transportar o corpo. Às 23h50, ela retorna, já sem as malas. 

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