Notícia publicada na edição de 24/06/2012 do Jornal Cruzeiro do Sul, na página 002 do caderno E - o conteúdo da edição impressa na internet é atualizado diariamente após as 12h.
Outro motivo de desaparecimento de crianças é quando elas fogem de casa e pedem carona para caminhoneiros. Quando isso acontece, geralmente ocorre abuso sexual. É o que afirma Celso Xavier, vice-presidente do Conseg Norte e idealizador do projeto Pedofilia no Asfalto, que consiste em operações nas estradas com parceria da polícia e conselhos tutelares, entre outros órgãos, para fiscalização.
Xavier afirma que o projeto existe há 4 anos, porém a atuação ainda não é constante. Das três operações experimentais realizadas, foram contabilizados 6 flagrantes. "Ainda foi feito muito pouco pois é um projeto piloto. Tem um semelhante que é desenvolvido pelo Estado, mas nossa atuação é focada aqui na região", esclarece.
A operação abrange, na Raposo Tavares, as seguintes cidades: São Roque, Mairinque, Alumínio, Sorocaba, Votorantim, Araçoiaba da Serra, Capela do Alto, Sarapuí, Alambari, Tatuí e Itapetininga. Na rodovia Castello Branco, compreende Araçariguama, Itu, Sorocaba, Porto Feliz, Tietê, Tatuí, Boituva, Iperó, Quadra, Cerquilho e Cesário Lange.
Conforme Xavier, a ideia é intensificar esse trabalho. "Pais vendem suas filhas de 10 a 12 anos de idade por R$ 30 a caminhoneiros sem escrúpulos, que mantém relações sexuais no trajeto de suas viagens. Pesquisas nas rodovias com caminhoneiros de boa índole e pais de família confirmam as atrocidades em posto de gasolinas com paradas para descanso", relata.
A fiscalização deve abranger ainda hotéis, motéis, drives (casas de autolanches), postos de gasolina, rodoviárias, casas de massagem, locais de paradas de caminhões e ônibus rodoviários, supermercados, e área de carga e descarga como os Ceagesps.
As denúncias de pedofilia na estrada podem ser feitas pelo número 100, que atende denúncias de violação dos direitos humanos. (Daniela Jacinto)
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