Advogado de Elize divulga imagens de detetive

Reprodução/TV GloboMarcos saiu com uma garota de programa chamada Natália, durante maio deste anoMarcos saiu com uma garota de programa chamada Natália, durante maio deste ano
O executivo da Yoki Marcos Kitano Matsunaga, de 41 anos, já havia traído a mulher há dois anos. Na ocasião, Elize Matsunaga, de 30, descobriu que o marido se relacionava com uma funcionária da empresa, em Marília, no interior. Ela teve inclusve  acesso a e-mails trocados entre os dois, mas desistiu da separação e aceitou as desculpas ao descobrir que estava grávida.

A partir de então, o relacionamento do casal, segundo o advogado de Elize, Luciano Santoro, voltou ao normal. Nos últimos seis meses, porém, o casamento voltou a entrar em crise. Apesar de negar a traição, segundo o advogado, Marcos se ausentava cada vez mais da casa e no último mês não a respeitava mais nem como mulher nem como a mãe de sua filha. As brigas eram frequentes e em tom cada vez mais alto.
No dia 19, Elize e Marcos tiveram mais uma briga. Desta vez porque ela contou sobre o detetive que contratou e o filmou com a amante, uma garota de programa chamada Natália, durante os dias 17, 18 e 19 de maio. O executivo teria ficado transtornado, dado um tapa no rosto dela, passado a ofendê-la com palavrões e ameaçado interná-la e tirar a filha.
A discussão, diz o advogado, começou na sala de jantar e acabou na sala de recepção, onde Elize pegou uma pistola 380 e apontou para o marido. “Nesse momento, ele começou a rir, a chamou de imbecil, fraca, burra e disse que ela não tinha coragem de atirar. Depois afirmou que a Vara da Infância e Juventude ia saber do seu passado de garota de programa”, conta o advogado, com base no depoimento dado à polícia por sua cliente. Ainda segundo ele, o detetive, nos três dias de investigação, ligou inúmeras vezes para Elize dando os passos do marido.
O advogado da família de Marcos, Luiz Flávio D’Urso, levanta dúvidas sobre a discussão. Para ele, o crime foi premeditado. “O que aconteceu lá só ela e Deus sabem. O Marcos não está vivo para contar”, diz. Segundo D’Urso, Marcos era faixa preta de judô e forte. “Se tivesse batido na mulher teria deixado marca. Mas nem a empregada nem a babá relatam algo sobre isso.”
Santoro rebate e afirma que o tapa era para humilhar a mulher, não machucá-la.
GAROTA DE PROGRAMA/ Em depoimento sigiloso dado à polícia, a garota de programa Natália confirmou que mantinha relacionamento havia algum tempo com Marcos e ele a presenteou com uma Pajero.
Marcos e Natália se conheceram em um famoso site de garotas de programa de luxo, o mesmo frequentado por Elize antes de ela se casar com o executivo. Segundo relato das jovens, Marcos era velho conhecido das meninas.
O executivo era considerado cliente “generoso”, que costumava presentear as garotas com quem saía com relógios e bolsas de marca. Também dava gorjetas de até R$ 1 mil para as acompanhantes favoritas.
Para as prostitutas, a crise de ciúme de Elize foi uma “surpresa”, pois não era segredo para ninguém que Marcos continuava a usar os serviços sexuais oferecidos pelo site. Ainda segundo as garotas, as festas de fim de ano da Yoki costumavam contar com  presença das prostitutas, que fechavam pacotes de até R$ 20 mil para acompanhar Marcos e alguns de seus colegas de trabalho.
Entrevista 
Angela Bekeredjian, Detetive particular, a mais antiga em atividade no Brasil
Cliente fica chocada ao saber de traição
DIÁRIO_ Como é o contato com o cliente que desconfia de uma traição do cônjuge?
ANGELA BEKEREDJIAN_ Primeiro eu analiso o perfil do cliente. Estudei psicologia e vejo se ele está muito transtornado ou dá sinais de que está falando a verdade. Se sim, peço quais evidências o cliente tem de que está sendo traído. Em seguida, vejo qual é a rotina do casal, quais os endereços que frequenta, os horários, tudo. A partir daí já é possível determinar o que será necessário fazer em termos da investigação.
Como é o trabalho de investigação e o que ele envolve?
Envolve seguir a pessoa, fotografá-la, filmá-la, levantar sua ficha na polícia e tudo o que for preciso, mas sempre dentro dos limites legais. Eu não trabalho com métodos ilegais. Escuta telefônica, por exemplo, só quem faz é a polícia, com autorização judicial. Eu não faço isso.
Às vezes, como no caso Yoki, o fruto das investigações termina em tragédia. Como o detetive lida com isso?
É como uma cirurgia, tem de abrir para saber o que vai acontecer. Eu aviso de cara para os clientes: ‘se você procurar, vai achar. E vai ser muito duro quando eu trouxer os resultados da investigação’. Sempre sou honesta e dou toda a verdade, mesmo que doa. Eu sei muito bem.
Por qual motivo?
Eu sei porque comecei a trabalhar no ramo justamente por desconfiar de infidelidade do meu ex-marido. Usando técnicas de investigação, descobri que ele de fato me traía. A última vez foi com uma empregada que eu considerava quase com uma filha. Nunca é fácil dar o resultado da investigação para alguém que está sendo traído. Em 50 anos de trabalho e mais de sete mil casos aprendi que as reações são as mais diversas.
Quais as reações mais fortes que você já viu?
Mais de um marido quis matar a mulher saindo dali, com um revólver na mão. Teve uma moça, grávida de r meses, que desconfiou do marido e me contratou. Rapidamente flagrei a traição: era a  mãe dela que era a amante. Quando ela viu, ficou catatônica na minha frente. Ela teve de ser internada, soube que passaram a alimentá-la com soro. Pelo que sei ela perdeu a razão. Por isso estudei psicologia, para saber como entregar o resultado ao cliente da melhor maneira possível.
Os detetives trabalham em vários casos de uma vez?
Nunca. Um detetive trabalha em apenas um caso por vez. Eu tenho 18 agentes e um não sabe jamais o que o outro está fazendo. Discrição e sigilo são fundamentais nesse ramo e eu levo isso muito a sério. Eu não gosto  que eles se cruzem no meu escritório. A privacidade vem acima de qualquer coisa.
Qual o perfil de quem busca um detetive?
Variado. Há todo tipo de gente, desde os loucos até o tímido. O importante é ver quem tem evidências concretas de que está sendo traído. Eu já tive aqui uma mulher que acreditava que o marido tinha colocado um chip na vagina dela e um homem que achava que estava sendo investigado por extraterrestres.
É fácil descobrir a traição?
Com certeza. A mentira, a infidelidade, essas duas têm pernas curtas. Quem for fazer, que trate de fazer muito bem feito, mas não adianta porque a gente sempre descobre. O primeiro sinal de alerta é a mudança de comportamento do outro. /Fabio Pagotto

0 Comments:

Postar um comentário

Para o Portal Todos Contra a Pedofilia MT não sair do ar, ativista conclama a classe política de MT
Falta de Parceiros:Falsos militantes contra abuso sexual e pedofilia sumiram, diz Ativista
contato: movimentocontrapedofiliamt@gmail.com