Mãe suspeita de violentar e matar filho é transferida para cadeia em MT


Padrastro e mãe foram presos na quarta-feira (17) pela Polícia Civil.
Menino de 2 anos desapareceu e foi achado morto em Tangará da Serra.

Denise SoaresDo G1 MT
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Jovem de 18 anos confessou que matou o filho de dois anos. (Foto: Reprodução/TVCA)Jovem de 18 anos confessou que matou o filho de dois anos. (Foto: Reprodução/TVCA)
A jovem de 18 anos, suspeita de abusar sexualmente e assassinar o filho dela de 2 anos, foi encaminhada para a Cadeia Feminina de Tangará da Serra, a 242 quilômetros de Cuiabá. De acordo com a Polícia Civil, a jovem vai cumprir a prisão temporária por 30 dias por homicídio duplamente qualificado, estupro de vulnerável e ocultação de cadáver. A jovem está grávida de 3 meses do terceiro filho e chegou a participar de uma passeata em protesto pela morte da criança.
O padrasto do menino, de 43 anos, também tinha sido preso mas foi solto ainda na noite de quarta-feira (17), já que as investigações comprovaram que ele não teve envolvimento no crime. O outro filho da mulher, de 6 anos, foi encaminhado aos cuidados de uma casa transitória de Tangará da Serra.
Corpo da criança foi encontrado em canavial de Tangará da Serra. (Foto: Marcelo Souza/ TV Centro América)Corpo da criança foi encontrado em canavial de Tangará da
Serra. (Foto: Marcelo Souza/ TV Centro América)
Conforme as investigações, após ser violentada, a criança ainda foi deixada com vida e morreu aos poucos na plantação que fica a dois quilômetros da casa da família. A suspeita confessou à Policia Civil que cometeu o crime sozinha e ainda disse que os abusos sexuais, os quais haviam deixado marcas de violência no cadáver, foram praticados por ela mesma.
Depois da morte da criança, a Polícia Civil acompanhou a família e descobriu que a mãe do menino, logo após o velório, levou o outro filho dela até a região do canavial. No local a mulher disse para a criança que 'o irmão dele tinha morrido ali'. O menino foi ouvido pela polícia e indicou o local.
A distância mostrada pela criança e o local onde o corpo do menino foi encontrado não eram as mesmas, sendo encontrado vestígios de sangue onde a mãe levou o filho mais velho. Ainda próximo da casa, os peritos encontraram uma espécie de lona da cor azul, parcialmente queimada, dentro de um buraco.
Nesse material foi encontrado sangue humano, que seria da criança morta. Os investigadores também encontraram sangue nas roupas da mãe e do padrasto.
O caso
O assassinato da criança chegou ao conhecimento da polícia no dia 18 de março. A família da vítima registrou boletim de ocorrência dando conta de seu desaparecimento. No outro dia, o corpo do menino foi encontrado em um canavial próximo à casa onde ele morava com o padrasto, a mãe e o irmão. O cadáver apresentava marcas como uma lesão no rosto e estava vestido apenas por uma camisa.
Segundo a polícia, a mãe do menino já tinha histórico de violência cometida contra o filho. Em 22 de agosto de 2011, o padrasto do menino registrou boletim de ocorrência denunciando a mãe por ter arremessado a criança durante uma discussão do casal.
Na ocasião, o menino sofreu uma lesão na cabeça e foi encaminhado para uma casa transitória, em Tangará da Serra, onde permaneceu por cerca de três meses. Em audiência no dia 29 de novembro de 2011, a Justiça autorizou o retorno da criança à família.
Uma semana antes da morte da vítima, a mãe foi condenada a cumprir seis meses de medida sócio-educativa em liberdade por ter arremessado o filho em 2011.
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