Em filiação, Pagot nega levar PTB aos "braços" de Maggi e aumenta críticas a Silval


Da Redação
Ex-diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (DNIT), Luiz Antonio Pagot, assinou na noite desta segunda-feira sua ficha de filiação ao PTB. O ato foi prestigiado por lideranças nacional e estadual da sigla, como o presidente do diretório nacional Benito Gama, e o do presidente estadual, ex-prefeito de Cuiabá, Chico Galindo.
Considerado um "trator", por comandar as campanhas vitoriosas ao Governo do Estado, em 2002 e 2006, do atual senador Blairo Maggi, Pagot destacou em coletiva que ingressa no PTB como um correligionário que irá colaborar com a sigla. “Eu vim para ajudar a construir um projeto político e não para impor o meu pensamento ou obrigar o partido a se submeter às minhas vontades”, disse.
Apesar da amizade e da forte ligação com Maggi, o ex-diretor do DNIT descartou a intenção de levar os trabalhistas a uma composição com o senador, caso ele venha a disputar a sucessão do governador Silval Barbosa (PMDB). "É lógico que Blairo Maggi talvez seja a maior liderança de Mato Grosso, hoje. Mas esse é um diálogo que será conduzido pela Executiva. O PTB não precisa correr atrás de ninguém”, frisou.
Sobre seu projeto político, ele demonstrou intenção de disputar uma vaga na Câmara dos Deputados, em 2014. Todavia, uma candidatura ao Palácio Paiaguás não é descartada, apesar das chances serem remotas.
“Para disputar o Governo, eu precisaria ter disponibilidade para viajar no Estado e, ao mesmo tempo, tenho que honrar meus contratos para fazer com que eu tenha faturamento. Neste momento, eu não tenho dinheiro para política, eu tenho dinheiro para me sustentar, para viver meu padrão de vida", explicou.
Crítcas do Governo
Assim como ocorreu em outras declarações, o ex-secretário de Maggi não poupou críticas a gestão do governador Silval Barbosa (PMDB). Os alvos foram o atraso nas obras da Copa do Mundo e a gestão financeira do Estado.
“Mato Grosso acumula crescente dívidas e nosso estado é muito exigente. Não podemos caminhar para a irresponsabilidade fiscal que tem se apresentado”, definiu.
Ele ainda aproveitou a coletiva para explicar as declarações polêmicas sobre um eventual convite para assumir a Secopa (Secretaria Extraordinária da Copa do Mundo) no início do ano. Pagot garantiu ter recebido o convite, o que foi descartado após ele colocar suas exigências para assumir a pasta e garantir a execução das obras relacionadas ao evento.
“Eu não poderia assumir sem ter 'carta branca'. O empreiteiro trabalha 30 dias. Ele faz a obra e tem de receber. Estou sabendo que agora implantaram o terceiro turno. Isso deveria estar ocorrendo há mais de 100 dias, muito antes da chuva, para trabalhar sábado, domindo e feriado", opinou.