A Comissão Parlamentar de Inquérito que investiga a exploração sexual de crianças e adolescentes deve realizar uma parceria com a Polícia Federal. O objetivo é fazer com que as denúncias que chegam à CPI sejam analisadas também pela polícia.
A presidente da comissão, deputada Érika Kokay, do PT do Distrito Federal, e a relatora, deputada Liliam Sá, do PSD do Rio de Janeiro, encontraram-se, na quinta-feira (25), com o diretor-geral do Departamento de Polícia Federal, Leandro Daielo Coimbra, para tratar da parceria. Érika Kokay explica como será o apoio da Polícia à CPI:
"Tem alguns casos que nos parecem que são emblemáticos, que são gravíssimos, e que há todos os indícios de que são casos reais, que as denúncias são verídicas, que nós vamos encaminhar para a Polícia Federal, para que ela possa nos ajudar no processo de investigação. Há depoimentos que indicam que existem situações que precisam, também, passar por um processo de investigação”.
Já na próxima semana, as deputadas da CPI da Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes vão se reunir com policiais indicados pelo diretor-geral da Polícia Federal. Segundo Érika Kokay, vão verificar se é possível federalizar certos inquéritos feitos por polícias locais:
"Nós temos, por exemplo, algumas situações que o poder local, a influência econômica, a influência política, ela impede, ela trava qualquer investigação com seriedade. Como nós temos casos em que há uma ineficiência do poder local, nas mais variadas esferas, de proceder uma investigação que seja séria, nós também queremos passar para a Polícia Federal, para ver o que pode ser feito na perspectiva de nos ajudar nesse processo de investigação”.
A presidente da CPI informou que vai pedir a prorrogação dos trabalhos da comissão. Érika Kokay também divulgou que a CPI vai realizar eventos para destacar o Dia Nacional de Enfrentamento à Exploração Sexual, 18 de maio.
De Brasília, Renata Tôrres