Fonte: Só Notícias/Gazeta Digital
Estão suspensos os 16 processos por improbidade administrativa e lavagem de dinheiro contra João Arcanjo Ribeiro, que foi apontando pelo Ministério Público como chefe do crime organizado em Mato Grosso, há alguns anos. O desmembramento foi motivado por um pedido da defesa referente ao processo de extradição, ocorrido em 2004. Como no pedido feito ao governo do Uruguai constam apenas os crimes federais, a tese dos advogados de Arcanjo é que ele não pode ser julgado por crimes estaduais cometidos antes de 2005, o que é o objeto das 16 ações.
Com a suspensão, Arcanjo não será ouvido nesta semana, como previsto, nem poderá acompanhar os depoimentos das testemunhas de defesa e acusação. Hoje, 8 pessoas arroladas pelo Ministério Público do Estado prestaram depoimentos no fórum em Cuiabá. Nesta terça e quarta-feiras deverão ser ouvidas as testemunhas de defesa dos outros 13 réus do processo, uma vez que apenas Arcanjo não poderá ser julgado.
Os interrogatórios dos acusados foram marcados pelo juiz da Vara Especialziada de Combate ao Crime Organizado, José Arimatéia Neves Costa, para o dia 10 de abril. Entre os processos está um que tem também como réus o presidente da Assembleia Legislativa, deputado José Geraldo Riva (PSD), e do conselheiro afastado do Tribunal de Contas Humberto Bosaipo, pelos crimes de peculato e lavagem de dinheiro. A ação se refere a 43 cheques nominais da Assembleia, emitidos na época em que ambos comandavam a Mesa Diretora. Durante a operação Arca de Noé, deflagrada em dezembro de 2002, pela Polícia Federal, foi constatado que os documentos de identidade dos sócios dessas empresas eram falsos, assim como as empresas não estavam legalizadas junto aos órgãos públicos.
Conforme a denúncia do MP, 21 desses 43 cheques foram trocados na boca do caixa e alguns desses sacadores seriam assessores dos parlamentares. Parte desses cheques também teria sido trocada nas factorings de Arcanjo.
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