"Plano emergencial" de Mauro Mendes não tem efeito e policlínicas seguem sem médicos


Da Redação
A Comissão de Saúde da Câmara de Cuiabá percorreu na manhã de hoje (22) as Policlínicas do CPA I, Pedra 90, Pascoal Ramos e Coxipó, dando continuidade a “Rota da Saúde”, programa iniciado pelo grupo na última semana.
Durante as visitas pode ser contatado que a principal dificuldade das unidades de saúde é a mesma, a falta de médicos para atender a população, mesmo o prefeito Mauro Mendes (PSB) tendo lançado há cerca de 30 dias um plano emergencial para contratação de profissionais que já já foi cumprido em 60%. Dentre todas as Policlínicas visitadas pela Comissão nesta sexta-feira (22), a única que estava com seu quadro de médicos completos era a do Coxipó.

No entanto, ela estava abarrotada de gente, uma vez que as unidades do CPA I e do Pedra 90 estavam com apenas com um clínico geral em cada, e a do Pascoal Ramos não tinha nenhum médico. “Isso só vai mudar quando a questão salarial for revista. A maior dificuldade em se contratar médicos hoje em dia é por conta do valor que se paga para eles”, afirma o presidente da Comissão, vereador Ricardo Saad.
“Um médico de PSF, que atende só com hora marcada ganha R$ 5 mil e de policlínica ganha R$ 1,2. Por isso, que eles não querem trabalhar aqui. A nossa estrutura está muito boa, só falta gente para trabalhar”, analisa a técnica em enfermagem da policlínica do CPA I, Denilzete Bezerra.
Além disso, grande parte das unidades também está com seu quadro de enfermeiros e técnicos de enfermagem desfalcados. A policlínica do Pascoal Ramos, inclusive, quase teve seu Pronto Atendimento fechado pela Prefeitura de Cuiabá, justamente por falta de profissionais para atender a população.
Isso só não aconteceu graças a associação de moradores da região, que foi atrás de profissionais para atender no local. Fora isso, com exceção da policlínica do CPA I, que foi reformada recentemente, as demais necessitam de reparos em seu prédio.
Outro setor que apresenta problemas em todas as unidades é a fisioterapia. A falta de equipamentos adequados preocupou a Comissão, uma vez que é feito um atendimento diário de aproximadamente 80 pessoas em casa unidade.
Um relatório prévio será apresentado por Saad na sessão plenária desta terça-feira (26). A análise final será elaborada após visita em todas as unidades de Saúde da Capital. Na próxima sexta-feira, a Comissão inicia a fiscalização nos Programas de Saúde da Família (PSFs).

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