"Jogou a criança como se joga saco de lixo", diz testemunha


Assassino pode pegar pena, caso condenado, de 60 anos de cadeia, podendo cumprir no máximo 30

Repórtermt/ AF
Familiares fazem protesto durante depoimento Familiares fazem protesto durante depoimento
ALINE FRANCISCO

O suspeito de matar menino Ryan Alves Camargo, de 4 anos, e Admárcia Mônica da Silva Alves, de 44 anos, está sendo ouvido nesta quinta-feira (21) no Fórum da Capital. Carlos Henrique Costa de Carvalho, de 25 anos, sempre foi o único  suspeito de ter cometido os crimes.


O acusado chegou ao Fórum por volta das 9h, e entrou por um corredor onde a imprensa não teve acesso. O réu participa da primeira audiência de instrução e pronunciamento. Segundo Claudino Aleixo Junior, assistente da acusação, Carlos será pronunciado ao júri popular, o julgamento ainda não tem data, mas estimasse um prazo de 12 meses para ser levado ao júri.

Segundo Claudino, caso condenado, a pena do réu pode chegar a 60 anos, já que os crimes serão julgados separadamente. “O caso é um só, mas os crimes são separados, assim a pena é somada”, explicou.

Nesta quinta-feira (21), serão ouvidas 16 pessoas, sendo 13 testemunhas de acusação. Entre elas, a mãe da criança e filha de Admárcia, Thassya da Silva Alves. A defesa também terá três testemunhas, cujo os nomes não foram divulgados.

Selma Araújo Borba, é uma das testemunhas de acusação. Ela foi a primeira pessoa a ver Carlos com a criança na ponte. “Estava passando e vi o momento em que o rapaz caminhava com a criança no colo.

O menino estava sem roupa, mas aparentava muita tranquilidade, quis parar para oferecer ajuda, pois meu primeiro pensamento era que o rapaz estava levando a criança ao hospital. Não tinha ideia que uma pessoa seria capaz de tamanha maldade”, declara Selma.

“Ele é um monstro, não tem como qualificar esta pessoa como um ser humano. Não quero que ele morra, quero que ele passe o resto da vida na cadeia, para lembrar a todo minuto a maldade que fez”, declarou ela.   

A outra testemunha, um jovem que preferiu manter sigilo quanto a identidade, viu o exato momento em que Carlos jogou a criança.

“Ele olhou para os lados, e depois jogou a criança como se joga um saco de lixo". O jovem que estava de moto seguiu o acusado, mas não conseguiu localizá-lo. “Liguei para a polícia com a moto em movimento, tentei pegar ele, mas não consegui alcançar”, explicou ele.

“Tudo o que acontecer com ele não será o suficiente, e nem vai amenizar a minha dor. Perdi as duas pessoas que mais amava, minha mãe e meu filho deixaram um buraco na minha vida”, declara Thassya.   

MANIFESTAÇÃO

Os familiares de Admárcia e Ryan estiveram no fórum para pedir justiça e a condenação do réu.

“É um sofrimento diário, vivo um dia de cada vez, sempre pedindo força para o dia seguinte, é muito difícil.

Não podemos nos calar, esse caso não pode cair no esquecimento”, declara emocionado o pai da criança, Lauro Pereira Camargo, 25.

Foi pedido um minuto de silencio para homenagear as vítimas deste crime bárbaro.


O CASO

Em novembro passado, Carlos Henrique invadiu a casa de Admárcia enquanto ela e o neto dormiam, primeiro ele teria matado a avó a facadas e depois queimado o corpo. Em seguida pegou o menino e o levou até a Ponte Júlio Muller, de onde o jogou no Rio Cuiabá.

Carlos é ex-namorado da filha de Admárcia e mãe do Ryan, Thassya da Silva Alves, e cometeu o crime por inconformismo pelo término do relacionamento.

Antes do crime Admárcia estava vivendo momentos de terror desde o dia em que Carlos invadiu sua casa e agrediu Thassya. Segundo declaração de parentes neste momento ela percebeu que Carlos era capaz de qualquer coisa. O caso aconteceu em junho do ano passado.

Fonte: http://reportermt.com.br/cotidiano/noticia/26305

0 Comments:

Postar um comentário

Para o Portal Todos Contra a Pedofilia MT não sair do ar, ativista conclama a classe política de MT
Falta de Parceiros:Falsos militantes contra abuso sexual e pedofilia sumiram, diz Ativista
contato: movimentocontrapedofiliamt@gmail.com