Valérya Próspero
O médico responsável pela quimioterapia é Paulo Hoff. O oncologista foi inclusive um dos responsáveis pelo tratamento do ex-presidente Lula (PT), quando teve câncer na garganta. Conforme Homero, os médicos esperam que a quimioterapia seja o bastante para combater o tumor sem precisar de cirurgia.
Não é a 1ª vez que o parlamentar passa por situação semelhante. Há 17 anos foi diagnosticado tumor na garganta. Em decorrência disso, ele vai 2 vezes ao ano fazer exames no mesmo hospital. “Estou ciente das dificuldades, já passei por isso. Confio nas correntes positivas das pessoas”, afirmou.
Atividade parlamentar
Homero vai pedir licença por alguns dias e avaliar se consegue ou não conciliar o trabalho na Câmara Federal com o tratamento. “Vou priorizar a saúde, quero fazer isso sem deixar a atividade parlamentar”, ressalta.
A saída temporária de Homero da Câmara Federal acarretaria na escolha de novo líder da bancada e na nomeção do suplente. O social-democrata é representante da bancada de Mato Grosso e está ligado diretamente ao processo de votação do orçamento. A liderança já está chegando ao fim e novo representante deve ser escolhido até meados de março. O deputado federal Julio Campos (DEM) torce para que Homero melhore e continue no posto. “Quanto mais próximo do governo, melhor para a bancada”, avalia o democrata. Um dos nomes possíveis para substituí-lo é do deputado federal Eliene Lima (PSD). “Temos 11 parlamentares na bancada, todos aptos a assumir”, diz Homero.
Outra situação que complica sua saída é a suplência do cargo. O primeiro na lista é o secretário de estado de Educação Ságuas Moraes (PT), mas ele não deve deixar a pasta para assumir a cadeira de Homero temporariamente. A próxima da lista é Serys Marly. Ela, no entanto, tende a ficar de fora, já que pediu desfiliação do PT, e por isso ficaria impossibilitada. Com isso, quem deve assumir é o terceiro suplente Victório Galli (PMDB), pastor da Assembleia de Deus.
Segundo informações do Instituto Nacional do Câncer (Inca), o tumor do deputado é o mais comum existente no estômago, responsável por 95% dos casos. O pico de incidência se dá em sua maioria em homens e cerca de 65% dos pacientes diagnosticados com câncer de estômago têm mais de 50 anos.
O deputado está com 57 anos. No Brasil, tumores no estômago aparecem em 3º lugar na incidência entre homens e em 5º, entre as mulheres.
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