Da Redação
Candidato a vice de Lúdio Cabral (PT), que disputou o 2º turno da eleição em Cuiabá, Francisco Faiad, atual secretário de Administração, classificou como “estelionato eleitoral” o anúncio do prefeito Mauro Mendes de que as prometidas obras da campanha eleitoral terão que esperar. Entre elas, o novo Pronto-Socorro, onde o prefeito construiu sua principal plataforma de campanha.
Mendes alegou o endividamento elevado da Prefeitura para protelar sua promessa. “É estranho porque a prática política mostra que nenhum prefeito deixa a Prefeitura em situação estável. E ele sabia disso. Do contrário, seria muito ingênuo querer acreditar que iria encontrar a “casa arrumada”. Penso que o eleitor deve estar decepcionado” disse Faiad, ao ser questionado sobre a situação da Prefeitura.
No balanço que apresentou antes do carnaval, ou seja, mais de um mês após tomar posse, Mendes anunciou que a Prefeitura deve quase R$ 1 bilhão, somando-se as dívidas da administração direta e indireta. Somente em 2013 o Município deverá desembolsar R$ 77 milhões em pagamentos obrigatórios. E, em restos a pagar, a Prefeitura deve R$ 166,1 milhões, sendo R$ 107,07 milhões de 2012.
Mendes alegou ainda que a parte de recursos para investimentos está comprometida. Alertado de que as declarações tiveram impacto negativo, Mendes, no dia seguinte, tentou consertar e emitiu discursos otimistas, prometendo buscar alternativas “nos próximos meses”.
Para Faiad, Mendes se aproveita da popularidade conquistada nas urnas com uma vitória apertada, é verdade - ao decretar a ‘moratória das promessas’. Em sua opinião, isso representa um abuso à paciência do cidadão, que vê a cidade se definhando por falta de serviços. “Estamos sob a continuidade de uma administração que se mostrou ineficiente em todos os aspectos”, ressaltou.
Faiad criticou o fato de o prefeito ter usado a transição apenas para discussões políticas, como eleger o presidente da Câmara apoiando um vereador que era a principal pilastra de sustentação ao prefeito anterior. Mendes tentou articular a eleição da Mesa Diretora depois que seu vice, o deputado João Malheiros (PR), renunciou ao cargo. “Para quem me perseguiu tanto como candidato a vice, foi a primeira coisa que ele (Mendes) perdeu” ironizou.
Além disso, o prefeito se envolveu numa discussão sem fim com os legisladores por conta de vetos a reajuste salariais, mas que, em verdade, era apenas uma queda de braço e uma tentativa de dominação politica. De acordo com o secretário do Governo Silval Barbosa, a transição entre a administração Galindo acabou ficando em segundo plano.
Mesmo aproveitando secretários de áreas estratégicas do governo passado, Mendes não apresentou sequer um plano emergencial de média consistência para reanimar a cidade e seus habitantes. “A sensação que se têm é que o abandono continua. A saúde que tanto se falou segue como está, a educação quase em greve e os serviços públicos indo de mal a pior. Cuiabá não merecia isso”.
Faiad disse que vai cobrar do prefeito atitudes concretas. “Participei de uma eleição em que fui perseguido duramente por um candidato, que acabou eleito. O resultado das urnas me colocou na oposição. Isso me dá o direito de estar atento e cobrando dele atitudes em favor da população. Estou pronto a ajudar, mas não vou me calar simplesmente porque a eleição passou. Sou cidadão de Cuiabá e quero o melhor para a minha cidade. Até aqui, temos apenas discursos. Espero que com o fim do carnaval, o ano comece na Prefeitura de Cuiabá” destacou.






0 Comments:
Postar um comentário
Para o Portal Todos Contra a Pedofilia MT não sair do ar, ativista conclama a classe política de MT
Falta de Parceiros:Falsos militantes contra abuso sexual e pedofilia sumiram, diz Ativista
contato: movimentocontrapedofiliamt@gmail.com