Mauro acusa Lúdio Cabral e ataca a imprensa; veja a ação


Segundo defesa de Mauro Mendes, há patrocínio de Eder em favor de veículos de comunicação

asessoria/divulgação
Mauro Mendes e, no destaque, o advogado José RosaMauro Mendes e, no destaque, o advogado José Rosa
ANA ADÉLIA JÁCOMO

O candidato a prefeito de Cuiabá Mauro Mendes (PSB) está processando o secretário estadual de Comunicação Carlos Rayel, Eder Moraes, o candidato Lúdio Cabral (PT) e seu vice Francisco Faiad (PMDB). Além destes, estão sendo processados o candidato a prefeito Adolfo Grassi (PPL) e sua vice Aparecida Rodrigues (PPL), ambos derrotados no primeiro turno. Segundo Mauro, houve compra de votos para beneficiar o petista no primeiro turno das eleições.


Segundo o advogado e coordenador jurídico de Mendes, Antônio Rosa, houve abuso de poder econômico e a ação estaria sendo capitaneada, principalmente, por Rayel, que oficiosamente seria o responsável pelo marketing da campanha de Lúdio. Até mesmo o site RepórterMT foi citado na ação.

Rosa afirma que o veículo foi patrocinado por Eder Moraes para publicar matérias jornalísticas. “Para se demonstrar o uso indevido da imprensa para prejudicar o candidato Mauro Mendes e favorecer o candidato petista, basta transcrever algumas das manchetes patrocinadas pelo representado Eder Moraes", diz trecho da ação. Leia aqui a referida entrevista.

Antônio Rosa afirmou que, segundo a lei eleitoral, as matérias jornalísticas devem, necessariamente ouvir o outro lado. No entanto, a publicação do RepórterMT, utilizada como exemplo de favorecimento a Lúdio, trata-se de uma entrevista e nesse modelo de material apenas perguntas e respostas do entrevistado são publicadas. O candidato Mauro Mendes foi procurado diversas vezes pela reportagem para que pudesse responder as acusações de Eder, contudo, negou-se sob o argumento de que Eder não faz parte do processo eleitoral.

Após duas semanas de tentativas frustradas, este sábado (20) Mauro Mendes será entrevistado novamente na sede do site, pois já houveram outras entrevistas, tanto pessoalmente, quanto por telefone. “Há favorecimento da campanha do Lúdio. Não entendo como um site dá tanto espaço a uma pessoa que não é candidato, não é nada, apenas para denegrir o outro. Isso tem um nome “abuso dos veículos de comunicação”. Pago ou não, comprado ou não, de qualquer forma é um abuso. O veículo deveria ouvir a outra parte e queremos o direito de resposta”, disse ele.

COMPRA DE VOTOS

Segundo a ação, após as denúncias de que Lori Anne Macedo da Luz e sua irmã tivessem recebido R$ 50 em troca de votarem em Lúdio, ambas foram coagidas a assinarem um documento com firma em cartório, para afirmarem que trabalharam como fiscais no dia 7 de outubro, na eleição.

Consta do testemunho registro de uma das depoentes: “Destaque-se, também, que no período vespertino a senhora Catarina retornou a residência da depoente, desta feita levando O extrato de urna para que a mesma assinasse como se tivesse trabalhado (...) a mesma está com medo, pois afirmaram que as depoentes serão processadas. Sofreram pressão psicológica, por isso assinaram o documento na data de hoje, com data retroativa”.

Na ação, os advogados afirmam que Lúdio e Faiad compraram os votos, porém, com uma faceta que deu ar de legalidade a ação, embora se configure como a captação ilícita de sufrágio. No total, ainda segundo a denúncia, foram embarcados R$ 100 mil somente para a compra de votos com 2.120 pessoas que teriam sido contratadas como fiscais das seções, mas que teriam apenas de votar no postulante e sem precisar trabalhar em fato.

“Por toda Cuiabá houve pagamentos de supostos “fiscais”, sempre no valor de R$50,00 (cinqüenta reais), para que eles somente votassem, sendo dispensados de acompanhar a votação durante todo o dia. Inclusive, cópias de alguns cheques foram encaminhadas à representante, que ora são juntados”. (...) Contudo, não pode ser considerado lícito que os “fiscais” recebam e sejam dispensados da contraprestação laboral, alega a defesa.

Veja a íntegra da ação aqui.