A organização acusa o governo do presidente da Síria, Bashar al-Assad, de usar tortura de forma sistemática, como uma política de Estado para espalhar o terror entre os dissidentes.
No relatório, que recebeu o nome de “Arquipélago da Tortura”, a Human Rights Watch identificou 27 centros de tortura, os métodos mais utilizados para extrair informações e confissões das vítimas, além das agências e autoridades responsáveis pelos abusos. O documento também descreve o uso indiscriminado de desaparecimentos forçados e prisões arbitrárias.
Segundo os ex-detentos, entre os métodos de tortura mais utilizados estão choques elétricos, abuso sexual (de mulheres e homens), espancamentos e chicotadas e privação de sono. Alguns disseram ter visto pessoas morrerem sob tortura.
Crianças torturadas
Entre os ex-prisioneiros que colaboraram com a Human Rights Watch estão mulheres e crianças. Um menino de 13 anos relatou como foi torturado por três dias em um centro militar perto de TalKalakh, no oeste do país, próximo à fronteira com o Líbano.
“Eles me deram choques no estômago durante o interrogatório e eu desmaiei”, disse. “Quando me interrogaram pela segunda vez, me bateram e me deram mais choques. Na terceira vez, usaram um alicate para tirar minhas unhas.” Outro prisioneiro disse ter visto uma criança de 8 anos ser espancada a seu lado.
Em um dos métodos de tortura mais frequentes, revelados com base em relatos, prisioneiros são pendurados apenas pelos pulsos, de modo que seus pés não possam tocar o chão. Em seguida, são espancados nessa posição com bastões e cabos. Em outro método, os detentos recebem golpes nas solas dos pés até sangrarem, o que os impede de caminhar.
Segundo os ex-prisioneiros, as prisões sírias também estão superlotadas e há falta de comida.
Resposta internacional
Um ex-oficial da inteligência síria citado no relatório disse que as ordens de tortura vieram de integrantes da cúpula das forças de segurança próximos a Assad.
A Human Rights Watch apóia o envio de observadores da ONU para monitorar a situação nos centros de detenção na Síria. A organização também defende que a questão seja submetida ao Tribunal Penal Internacional (TPI) para que os responsáveis sejam punidos. No entanto, como a Síria não ratificou o estatuto do tribunal, o TPI só poderia julgar os integrantes do governo Sírio com a aprovação do Conselho de Segurança – onde o tema é barrado por Rússia e China.
via Terra






0 Comments:
Postar um comentário
Para o Portal Todos Contra a Pedofilia MT não sair do ar, ativista conclama a classe política de MT
Falta de Parceiros:Falsos militantes contra abuso sexual e pedofilia sumiram, diz Ativista
contato: movimentocontrapedofiliamt@gmail.com