Reflexão sobre voto

Momento melhor para modernizar o Estado começando pelas prefeituras, impossível! Os municípios brasileiros acabaram de realizar convenções para escolha dos candidatos a prefeito, vice-prefeito e vereador. O próximo passo, imediatamente após o rito burocrático da Justiça Eleitoral, será a deflagração da campanha, que é o período em que o político em busca de mandato se abre ao eleitor para ouvir sugestões e ao mesmo tempo respondendo aos questionamentos que lhes são feitos. 


Promessas de administração eficiente e de desempenho parlamentar independente são comuns nessa época. Porém, a modernização do município com enxugamento da máquina administrativa (nas câmaras e prefeituras) é tema que não faz parte do repertório político e, quando faz, é tratado com indisfarçável superficialidade. 

O grande empecilho para a modernização do poder nos municípios (nos estados e na União, também) é o inchaço da folha de pagamento, quer seja por ocupantes de cargos comissionados, ou concursados para funções que fogem à atividade-fim do órgão. 

O município mato-grossense está afundado no empreguismo burocrático enquanto faltam professores, operadores de máquinas, médicos, enfermeiros e outros profissionais indispensáveis na prestação de serviço público. A cultura do apadrinhamento politiqueiro para preenchimento de cargos fúteis é tamanha, que foi preciso disciplinar o limite do gasto com a folha de pagamento das prefeituras. A Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) estabelece teto de 54% da receita e para impedir que a falta de planejamento ultrapasse esta barreira a LRF criou o Limite Prudencial, de 51,30% da receita, que funciona como se fosse uma espécie de sinal amarelo ao prefeito, para que se contenha. 

Longe de pregar a política da caça às bruxas aos servidores municipais, mas o eleitor precisa ouvir de seu candidato a prefeito qual seu plano para o preenchimento do quadro funcional de sua prefeitura e ouvi-lo sobre procedimentos que podem ser adotados para remanejar servidor ocioso para função que saiba exercer, sem prejuízo salarial, mas de modo a justificar seu salário. 

O candidato precisa abordar esta questão com profundidade, sem rodeios, pois jamais teremos prefeituras eficientes enquanto perdurar a prática do inchaço da máquina pública. 

O Brasil avançou em algumas áreas da prestação de serviços públicos, mas ainda é injusto com a maioria das categorias dos servidores municipais. 

A questão do empreguismo mexe com interesses políticos e com reservas de mercado bancadas pelo sindicalismo voraz que vê o Estado como figura obrigada a gerar emprego por critérios meramente sociais. 

Todos os fatos acontecem nos municípios, pois é neles que os cidadãos vivem, educam os filhos, adoecem, são vítimas da violência e das endemias, conseguem e perdem emprego enfrentam ruas esburacadas e esgoto a céu aberto. Portanto, antes que seu voto contribua para que o candidato receba a chave da prefeitura, saiba o que ele pensa sobre modernização administrativa. 



O município mato-grossense está afundado no empreguismo burocrático 

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