Produto popular em Cuiabá é proscrito

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) acrescentou à lista de substâncias proscritas no país a DMAA, produto bastante difundido em Cuiabá.

Isso significa que o Oxy Elite Pro, Jack 3D, Lipo-6 Black e qualquer outro suplemento que contenha a substância dimethylamylamine (DMAA) em sua composição, além de não poderem ser comercializados, também não podem mais ser importados para o Brasil, mesmo que para uso pessoal. 

A DMAA é um estimulante que auxilia no emagrecimento, pois faz o processo de queima de gordura mais rapidamente. Também ajuda no rendimento atlético, fornecendo “mais energia” ao usuário. De acordo com um vendedor de uma loja de suplementos na capital, um frasco do Oxy Elite pode ser adquirido por cerca de R$ 155. 

No entanto, os danos que ele pode causar à saúde muitas vezes são fatais: desde efeitos tóxicos no fígado, disfunções metabólicas, danos cardiovasculares, até danos no sistema nervoso central, o uso indiscriminado de suplementos com DMMA pode levar à morte. 

Nas academias, a maioria dos alunos faz uso de algum suplemento alimentar. Segundo o personal trainer Igor Tanaka, produtos como Oxy Elite Pro são bastante populares entre as mulheres que buscam uma forma rápida de emagrecer. Tanaka diz que os usuários trazem os produtos clandestinamente do Paraguai ou dos Estados Unidos. 

É também o que conta Bruno de Almeida, personal trainer em outra academia. Segundo ele, os suplementos proibidos no Brasil são trazidos de outros países e usados pelos alunos por conta própria, sem acompanhamento de um especialista. Bruno diz que de cada dez pessoas que vão regularmente à academia, pelo menos oito usam estimulantes, a maioria delas sem prescrição médica. 

Ao ligar em várias lojas que comercializam suplementos alimentares, a reportagem do Diário encontrou apenas uma que já estava ciente da proibição da venda de Oxy Elite Pro. Outras duas vendedores informaram que tinham o produto disponível, sem saber que se tratava de uma reportagem. 

O Diário, então, foi às duas lojas. Na primeira delas, o vendedor disse que o dono estava viajando e não poderia ser entrevistado, e afirmou, ao contrário do que havia dito pelo telefone, que não tinha o produto disponível, pois sabia que era ilegal. 

Na outra, o proprietário estava presente, mas não quis dar entrevista e ficou irritado com a presença da reportagem. Disse que não comercializava nenhum dos produtos proibidos pela Anivsa e se mostrou bastante descontente com o fato de um dos vendedores ter informado, por telefone, que a loja tinha o Oxy Elite Pro à venda. 

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