Políticos usam artimanhas para se aproximarem dos eleitores

Alexandre Rolim | de Tangará da Serra

Na terceira semana do período oficial para se fazer campanha eleitoral, poucas são as campanhas nas ruas. É o que se chama de “campanha morna”, em que os políticos tentam economizar para quando agosto chegar. Não quer dizer que está tudo parado. Em Tangará da Serra, no médio Norte de Mato Grosso,  candidatos a vereador e a prefeito por têm se usado de artimanhas peculiares e, de certo modo, “questionáveis” para se aproximar e tentar conquistar os votos do eleitor, que está cada vez mais esperto. Mensagens eletrônicas, santinhos de papel e digital, SMS e a tradicional colinha já ganham a internet e as ruas da cidade.
 
O ‘santinho de papel’, a ´praguinha´ e a ´colinha´ podem até ser considerados ´demodê´ por alguns, mas ainda são os mais utilizados pelos aspirantes às 14 cadeiras do legislativo tangaraense e ao Palácio Tangará. As gráficas faturam alto neste período – as tiragens chegam a cifras de até 100 mil exemplares. 
 
O ´top´ no momento é fazer campanha pelas redes sociais, principalmente pelo Facebook. Mostrou também que a maioria dos eleitores não têm aprovado muito a ideia e que rejeitam aqueles que a fazem. 
 
Os três candidatos à Prefeitura de Tangará da Serra correm contra o tempo para atingirem o máximo possível de eleitores. Agendas lotadas diariamente, visitas a zona rural, ao comércio e compromissos em casas de companheiros de partido ou de coligação – as tradicionais reuniões comunitárias. 
     
De olho em tudo isso, principalmente nas reuniões na calada da noite, está a Justiça Eleitoral, a Promotoria de Justiça e os órgãos de segurança, bem como a imprensa e a sociedade civil. No início desta semana, determinado candidato a vereador já foi flagrado em um jantar esplêndido regrado a churrasco. A polícia chegou a ser chamada, mas pouco se sabe sobre o que de fato ocorreu.
     
Outro método de propaganda, também bastante lucrativo a empresas do ramo e que chama a atenção dos eleitores, seja de forma negativa seja de forma positiva, é a adesivagem de automóveis. Já é comum encontrar nas ruas tangaraenses uma invasão de letreiros coloridos, frases bem elaboradas levantando a autoestima dos candidatos – cada um se dizendo melhor que o outro.
     
A universitária Tatiana Paliga recrimina algumas práticas e dispara. “Tem uns tão descarados que antes da candidatura tratava a gente com rejeição e agora ficam mandando mensagem de "feliz dia do amigo", "bom dia", "saudade de você". A vontade que eu tenho é de responder do mesmo jeito que tais pessoas me respondiam antes, com rejeição, mas não vou me rebaixar ao nível deles”, disse ela questionando se não agirão assim, de maneira pretensiosa, depois de eleitos.
     
O cientista político Clóvis Xavier Barbosa disse a um jornal da capital que a forma invasiva como muitos candidatos se apresentam à população demonstra uma falta de conhecimento por parte dos postulantes. “É preciso, antes de mais nada, respeitar o espaço do outro e procurar uma abordagem diferenciada, onde a apresentação se dê de forma propositiva e não forçada”. 
     
O cidadão que se sentir incomodado ou mesmo que tenha seu espaço invadido por atos de campanha de candidatos a cargos eletivos pode fazer uma denúncia formal junto Justiça Eleitoral do município [Cartório Eleitoral ou Promotoria de Justiça Eleitoral.
 

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