Em depoimento, casal nega ter sequestrado bebê em Saquarema

Agência Estado

Em depoimento prestado à polícia na tarde deste domingo, o casal preso sob suspeita de sequestrar um recém-nascido em Saquarema, na região dos Lagos do Rio, negou o crime.

O casal foi preso em flagrante quando policiais militares do 25° Batalhão (Cabo Frio), após receberem uma denúncia anônima, encontraram a criança em uma casa no distrito de Bacaxá, mesmo local onde ela havia sido sequestrada na noite  sexta-feira.

Os dois confessaram o sequestro informalmente, mas mudaram a versão no depoimento formal que prestaram ao delegado Luciano Coelho, da 124ª DP.
 
Altair Ferreira dos Santos, 49, conhecido como Coca Melo, negou que tenha sequestrado a criança. A polícia diz que ele foi o homem que, na sexta, deu cobertura a dois criminosos que invadiram a casa da avó do garoto e o raptaram.
 
Coca Melo é funcionário e já foi administrador do hospital Nossa Senhora de Nazaré, onde nasceu o menino. Ele também trabalhava no gabinete do presidente da Assembleia Legislativa do Rio, deputado Paulo Melo (PMDB), que declarou, em nota, estar "extremamente decepcionado com o ato".
 
O deputado considerou a ação "insana, covarde e brutal" e disse que determinou a exoneração imediata do funcionário.
 
A mulher de Santos, Géssica Paulino Marinho, 20, também negou o sequestro. Ela contou que ficou grávida há cerca de seis meses, mas teve problemas na gestação e acabou perdendo o filho três meses depois.
 
Segundo sua versão, ela ficou com vergonha de contar o caso à família, e seu marido disse que conhecia uma pessoa que poderia "arrumar" uma criança para eles. Quando viu o menino em casa, disse que achou que o marido tivesse conseguido arrumar a criança com o amigo.
 
Antes do depoimento, eles contaram aos policiais que haviam sequestrado o menino porque o pai adotivo de Géssica, um fazendeiro de Mato Grosso, pagaria R$ 500 mil se eles lhe dessem um herdeiro.
 
O delegado Coelho disse que ainda investiga essa versão e que vai intimar o fazendeiro a prestar depoimento.
 
Sequestro
Na noite do sequestro, dois homens encapuzados e armados invadiram a casa de Patrícia Sabino Ferreira, na rodovia Amaral Peixoto, onde ela estava com a filha Gabriela Sabino Ferreira, 17, e o neto recém-nascido.
 
A avó relatou que três homens participaram do sequestro. Dois deles arrombaram a porta e o terceiro deu cobertura. De acordo com ela, eles procuravam por um homem chamado Marcelo.
 
Diante da negativa de que conheciam o rapaz, as duas mulheres foram levadas para um cômodo e os criminosos fugiram com o bebê. Não foi feito nenhum pedido de resgate pelo bebê, que ainda não tinha sido registrado.
 
No sábado, a família da mulher passou o dia em vigília na delegacia. Hoje, mesmo com a chuva, os familiares fizeram uma manifestação em Bacaxá pedindo agilidade da polícia no caso.
 
O pai da criança, Rodrigo Francisco dos Santos, estava inconformado. "Raptaram meu filho, procurando por Marcelo. Eu sou Rodrigo e sou pai do Gustavo. Não tenho dívida nenhuma com ninguém, sou honesto, trabalhador, só quero meu filho", disse.
 
O casal mora no município de São Gonçalo, na região metropolitana do Rio. Eles estava em Saquarema havia uma semana, para que o bebê nascesse na cidade.
 

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