Demóstenes Torres é cassado pelo Senado

Parlamentar acusado de ligações com Carlinhos Cachoeira ficará inelegível até 2027. Votação terminou 56 a 19 contra senador
Demóstenes Torres teve seu mandato cassado, no início da tarde desta quarta-feira, no plenário do Senado. A votação terminou 56 a 19 a favor da cassação do parlamentar, que ficará inelegível até 2027 Outros seis senadores se abstiveram. Para a cassação, eram necessários 41 votos, ou seja, a maioria da composição do Senado.

A sessão de cassação teve início pela manhã. O presidente José Sarney anunciou as regras da sessão, tendo por base acordo de líderes, o Regimento Interno e o disposto na Constituição.

Inicialmente, seriam assegurados dez minutos para a manifestação da acusação e da defesa. No entanto, o o relator do processo contra Demóstenes, Humberto Costa (PT-PE), solicitou a ampliação do tempo.

Com o pedido, o presidente do Senado, José Sarney, determinou, após ouvir os líderes partidários, que fosse concedido prazo maior para manifestação da acusação e da defesa na sessão do Plenário.

Discursos

Os primeiros a discursar foram Costa e o relator da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania, Pedro Taques (PDT-MT). Ambos defenderam a lisura do processo de cassação e a veracidade das informações obtidas.

Logo em seguida, foi a vez de Randolfe  Rodrigues (PSOL-AP), autor do pedido de cassação contra Demóstenes. “O que está em jogo não é a condenação de conduta errônea. A votação de hoje é um sinal a milhões de brasileiros sobre a credibilidade de uma instituição centenária, fundamental para democracia em nosso país”.

Defesa

Os discursos finais estiveram reservados à defesa. O primeiro a falar foi o advogado de Demóstenes, Antonio Carlos de Almeida Castro, conhecido como Kakai. Ele apresentou o argumento, já sustentado no Conselho de Ética e na CCJ, de que o processo se baseia em escutas ilegais.

Por fim, foi a vez do próprio Demóstenes. Em um longo discurso, ele afirmou que direito de defesa cerceado durante todo o processo. Ele também alegou que as gravações que o incriminaram foram realizados de maneira ilegal.

Demóstenes negou ainda que fizesse parte de um braço político de Carlinhos Cachoeira. “Sou o braço político do pobre, do idoso brasileiro”.

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