Patrícia Sanches
Acontece que, para contrapor as alegações da acusação de que ele esteve no Amapá para investigar ameaças de morte contra o advogado criminalista Maurício Silva Pereira, Faiad sustenta que estava em Mato Grosso, participando de reuniões políticas. “Ele (Faiad) fala que não foi para o Amapá e coloca que Mauro esteve com ele numa reunião no dia 22 para discutir questão de vice”, frisa Rosa, em entrevista ao RDNews. Ele completa dizendo que o próprio peemedebista havia anunciado no Twitter que participaria da ato em favor do jurista ameaçado.
Rosa sustenta ainda que a certidão assinada em 2 de julho pelo secretário-geral do Conselho federal da OAB, Marcus Vinícios Furtado Coelho, com data retroativa a 6 de junho, prazo máximo para que Faiad deixasse os cargos de presidente da Comissão Nacional de Defesa das Prerrogativas e Valorização da Advocacia, de membro da Comissão Eleitoral Temporária do Conselho Federal e de membro do Fundo de Integração e Desenvolvimento Assistencial dos Advogados pode não refletir a verdade. “Quero saber se foi protocolado eletronicamente ou manualmente”, pondera. O questionamento é sustentado por matéria publicada no próprio site da OAB nacional, em 11 de junho, na qual Faiad é citado como presidente da Comissão Prerrogativas; reportagens publicadas na imprensa onde o nome de Faiad não aparece como possível candidato; conversas dele em sua página pessoal do Twitter (@FAFAIAD) nas quais rebate especulações de que estaria inelegível e confirma presença em reuniões e atos da Ordem. "Notícia inverídica. Apenas diretores devem se afastar. Eu não sou diretor", diz Faiad em 14 de junho ao contrapor a informação de que não teria se afastado em tempo hábil. “A lei da inelegibilidade é taxativa ao exigir a desincompatibilização”, argumenta José Rosa.
Até agora, conforme José Rosa, apenas Faiad apresentou a sua defesa. A OAB, por sua vez, não encaminhou a documentação solicitada pela coligação de Mauro. Entre os dados que serão juntados aos autos estão a relação de diárias pagas, informações sobre o protocolo do ofício e porque ele é assinado apenas em 2 de julho, atas de reuniões da OAB para comprovar que o peemedebista não atuava mais e a lista de viagens pagas pela Ordem . “Também solicitamos que a Avianca, Gol, Trip e TAM encaminhem informativo sobre a movimentação de Faiad através das empresas”.
Faiad arrolou como testemunhas, além de Mauro, o presidente da OAB Ophir Cavalcante, Maurício Vinicius e o conselheiro federal pela OAB/MT Francisco Eduardo Torres Esgaib. Como o caso envolve apresentação de provas e oitivas, há uma expectativa de que o caso seja apreciado apenas no prazo final, em 5 de agosto. "O fato dele ser candidato é posterior a data que ele deveria se desincompatibilizar".
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