Por: Antonio C Melo
Em decisão do desembargador Edivaldo Bandeira Rios, do Tribunal de Justiça (TJ) de Alagoas, Raphael Lima de Oliveira, 30, suspeito de ter envolvimento nos sequestros e assassinatos das garotas Cinthia da Silva Santos, 15 e Maria Eduarda dos Santos, 14, pode ser colocado em liberdade a qualquer momento, após permanecer preso desde o último dia 17 de maio.
Em sua decisão o desembargador avaliou a postura do acusado, que, segundo o advogado de defesa, Leonardo Moraes, em nenhum momento dificultou as investigações da Polícia Civil (PC).
“O fundamento da decisão que garante que o Raphael responda às acusações em liberdade se fundamentou principalmente no comportamento dele, que se apresentou espontaneamente à Justiça, sem gerar nenhum impedimento para as investigações. Além disso, o juiz considerou que, assim como o outro acusado, o Raphael foi apontado no caso apenas devido ao relato de uma suposta testemunha”, expôs o advogado.
Raphael Lima foi preso por agentes da PC, sob a acusação de envolvimento no duplo crime, após depoimentos de testemunhas que relataram que as meninas “haviam” entrado em um veículo Punto supostamente pertencente ao principal suspeito.
Com prisão temporária deflagrada, Raphael foi mantido preso e seu veículo, um Punto, prata, placa NML 5057 (Coruripe/AL), foi recolhido para que peritos do Instituto de Criminalística (IC) analisassem se realmente existia veracidade nas declarações das testemunhas. Outro suspeito no caso, Darlan Lima, também foi detido, mas liberado dias depois, por falta de provas.
Raphael Lima, principal suspeito de envolvimento no assassinado das adolescentes, desaparecidas no dia 15 de maio, também é suspeito de estupro e tentativa de estupro. As denúncias chegaram à Polícia Civil e estão sendo investigadas.
Uma das vítimas de Raphael teria sido uma mulher casada que, depois de aceitar uma carona para voltar para casa, teria sido levada, contra a sua vontade, para um motel. A relação sexual só não teria se configurado porque a jovem pediu ajuda e funcionários do estabelecimento a socorreram.
Outra suposta vítima teria apenas 13 anos de idade à época. Segundo a polícia, a denúncia informa que a adolescente foi saiu de Alagoas e passou a morar no estado de Minas Gerais para que o episódio não fosse tão traumático para a vítima, evitando também que o agressor fosse descoberto.
O sequestro seguido de assassinado das duas garotas é investigado pelo delegado regional de Penedo, Rubem Natário; o titular do 89º Distrito Policial de Coruripe, José Carlos Sales e o delegado titular do 85º Distrito Policial de Porto Real do Colégio, Thomaz Acioly.
O pai do Raphael, o comerciante Mozart Leone Ferreira, revelou que o filho é vítima de uma armação motivada por questões políticas e comerciais. Segundo o comerciante tudo teve inicio após o filho lançar-se candidato a vereador em Coruripe. Na opinião do pai, são grandes às chances do filho vencer a eleição, fato que teria incomodado políticos tradicionais do município que deram inicio a uma campanha difamatória contra Raphael.
“Quem está acusando o Raphael é o tal de José Renan, um concorrente nosso que perdeu o ponto de uma avícola depois que a gente chegou ao mercado, há 16 anos”, revelou o pai do preso. Renan foi à pessoa que declarou a Polícia que viu as vítimas entrando em um veículo do mesmo modelo e cor do suspeito.
Já o chefe do cartório do 89° DP, de Coruripe, Enílson Júnior, aponta o rapaz como um forte suspeito.
“Temos indícios de que o rapaz está envolvido com os assassinatos. Há testemunhas que viram as vítimas com o acusado momentos antes do desaparecimento delas. Ele já responde, no povoado de Lagoa do Pau, por uma tentativa de estupro. E ainda existem as acusações dos crimes de porte ilegal de armas e homicídio”, reforçou o policial. A Polícia também investiga a possibilidade de Raphael ter envolvimento nas mortas das irmãs Samara Oliveira dos Santos, 14 e Cícera Beatriz dos Santos, 12, raptadas no dia 29 de março do ano passado, quando se destinavam a escola, também no município de Coruripe. Os corpos, localizados 23 dias após o desaparecimento, foram desovados em uma mata também na zona rural de Coruripe.
Quem tiver qualquer informação sobre o caso pode colaborar com as investigações da Polícia Civil pelos telefones: 0800-284-9390 ou 181. O anonimato é garantido.






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