Policia:Histórico diz que Elize Matsunaga tem 30 anos e era boa aluna

Boletim (Foto: Cassiane Seghatti/G1)Boletim (Foto: Cassiane Seghatti/G1)Histórico escolar mostra que Elize Araújo Matsunaga tem 30 anos (Foto: Cassiane Seghatti/G1)
O histórico escolar de Elize Araújo Kitano Matsunaga afirma que a assassina confessa de Marcos Matsunaga tem 30 anos e era boa aluna. O documento foi obtido pelo G1 nesta sexta-feira (8), em Chopinzinho, no interior do Paraná. Na cópia da identidade anexada, a data de nascimento de Elize aparece como 29/11/1981. Já de acordo com a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, ela tem 38 anos. O boletim da escola também mostra que durante o período em que estudou no colégio, Elize tinha boas notas.
A pedagoga da Escola Estadual Nova Visão Sandra Inêz Ceni Bortolon, que na época em que Elize estudava era a diretora, disse em entrevista ao G1  que ficou triste com o fato. “É um sentimento de tristeza. A gente educa. Tenta transmitir para os alunos coisas boas para a vida deles”.
Na quarta-feira (6), Elize confessou ter matado e esquartejado o empresário Marcos Matsunaga, de 42 anos, com quem era casada e tem uma filha. O crime ocorreu no apartamento do casal, na Vila Leopoldina, Zona Oeste de São Paulo.
De acordo com a pedagoga, que trabalha na escola há 22 anos, Elize estudou de 1988 até 1997 no local. Começou no primeiro ano do Ensino Fundamental e foi até a metade do primeiro ano do Ensino Médio, quando pediu desistência. “Ela era uma menina muito tranquila e bem estudiosa. Era a primeira da sala e sempre com ótimas notas”, lembra.
Sandra disse que Elize sempre teve um ótimo relacionamento com os colegas e professores. “Ela não era uma menina que arrumasse encrenca. Se é um adolescente que briga, geralmente chama a nossa atenção, mas ela me marcou porque era muito estudiosa”, garante.
Sandra Inêz Ceni Bortolon (Foto: Cassiane Seghatti/G1)Sandra Inêz Ceni Bortolon (Foto: Cassiane Seghatti/G1)Sandra Bortolon foi diretora  e garante que Elize foi
boa aluna  (Foto: Cassiane Seghatti/G1)
Em um dos relatórios de fim de ano, guardados em uma pasta com todos os boletins de Elize, uma professora deixou registrado que “devido a sua timidez a aluna não conseguiu se entrosar totalmente com os alunos, porém nunca teve problemas de atritos”. O texto se refere à Elize.
Segundo a pedagoga, a mãe sempre foi muito presente na escola. Mesmo sendo e uma “família humilde, sempre tinha todo o material”. Ela garantiu que depois que Elize pediu a desistência da escola, nunca mais a viu.
De acordo com o advogado Auro Almeida Garcia, Elize foi embora de Chopinzinho aos 18 anos para estudar e trabalhar em Curitiba e acabou não retornando à cidade por causa do mercado de trabalho. Contudo, Elize e o marido vinham constantemente visitar a família. “Eles vinham nos finais de semana e em datas especiais”.
Arte G1 (Foto: Editoria de Arte/G1)Arte G1 (Foto: Editoria de Arte/G1)
Imagens divulgadas
Polícia Civil divulgou na noite desta quarta as imagens das câmeras de segurança de um prédio na Vila Leopoldina, na Zona Oeste de São Paulo, que mostram o que aconteceu antes e após a morte do diretor-executivo da Yoki.
As imagens do edifício onde o casal morava mostram Marcos entrando no prédio no dia 19, mas não registram sua saída. No dia seguinte, a gravação mostra Elize saindo do elevador, levando três malas com rodinhas. E mostra também a volta dela, 12 hora depois, sem as malas (confira a cronologia na arte ao lado).
Traição
Durante o interrogatório nesta quarta, que durou cerca de oito horas, Elize disse à polícia que matou o marido com um tiro na cabeça após discutir com ele por causa de uma suposta traição, segundo Carrasco, diretor do DHPP. A mulher afirmou ainda que foi agredida pelo executivo e que, por isso, atirou.
"Não houve premeditação, houve uma briga”, disse o diretor do DHPP. Questionado sobre o fato de nenhum vizinho ter ouvido o som do disparo, Carrasco respondeu que o apartamento, além de ter uma área grande (é um triplex), tem janelas antirruído.
A Justiça concedeu a prorrogação da prisão de Elize por mais 15 dias. A mulher contou em depoimento que, após atirar no executivo, arrastou o corpo até um quarto, onde usou uma faca de 30 centímetros para esquartejá-lo. “Por ser conhecedora de anatomia humana, por ter feito um curso de enfermagem, ela pegou uma faca e cortou nas juntas, nas cartilagens”, disse Carrasco.
A ausência de sangue, segundo o delegado, deveu-se ao tempo passado entre a morte e o desmembramento. “Ele já estava com rigidez cadavérica. O sangue estava coagulado.” Segundo relato dela à polícia, as partes foram colocadas em três malas e espalhadas em uma área de mata em Cotia, na Grande São Paulo.
A pistola usada no crime vai ser periciada e já está com os policiais. Segundo Carrasco, a mulher contou que a arma foi um presente do marido. Ambos praticavam tiro e o empresário tinha uma coleção de armamentos. O delegado acrescentou que Matsunaga, assustado com as notícias de arrastões em condomínios, deixava por precaução armas espalhadas pelo apartamento e que uma delas foi a que o matou.
Em depoimento, Elize disse ter feito tudo sozinha. Para Carrasco, sua versão é convincente. “Não tenho dúvida da autoria nem da materialidade. Acredito que ela agiu sozinha." A babá da filha do casal que havia sido dispensada também deve depor.
O advogado de Elize Matsunaga, Luciano Santoro, contou na manhã desta sexta-feira (8) à equipe do SPTV, que ela atirou no marido depois de uma discussão sobre a guarda da filha do casal, que tem 1 ano.
Detetive particular
A polícia tenta identificar o detetive particular que foi contratado por Elize para investigar se o excutivo a traía. Ele é procurado para que seja intimado a prestar depoimento sobre seu trabalho. Policiais informaram à equipe de reportagem do G1 que o profissional seguiu o executivo e comprovou a infidelidade dele. Fotos e relatórios sobre três supostas amantes foram enviadas para a bacharel. No computador da vítima, peritos da Polícia Técnico-Científica identificaram acessos a sites de prostituição.
Escola onde estudou Elize Matsunaga (Foto: Cassiane Seghatti/G1)Escola onde estudou Elize Matsunaga (Foto: Cassiane Seghatti/G1)Escola em Chopinzinho, interior do Paraná, onde estudou Elize Matsunaga (Foto: Cassiane Seghatti/G1)
Cópia do documento de identidade e boas notas durante o período em que Elize foi aluna em Chopinzinho (Foto: Cassiane Seghatti/G1)Cópia do documento de identidade e boas notas durante o período em que Elize foi aluna em Chopinzinho (Foto: Cassiane Seghatti/G1)Cópia do documento de identidade e boas notas durante o período em que Elize foi aluna em Chopinzinho (Foto: Cassiane Seghatti/G1)

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