Interceptação sugere que esposa de mandante sabia da morte de Maiana


Diário de Cuiabá
Um diálogo telefônico entre o empresário Rogério Silva Amorim, de 38 anos, e sua mulher, Calisângela de Moraes, 36, interceptado pela Polícia Civil, é o mais forte indício da trama arquitetada para matar a adolescente Maiana Vilela Mariano, 16.
Na conversa com a mulher, Rogério disse: ”você sabe quem eu amo e o que aconteceu com ela”. Já Calisângela responde: “então, se for para me matar, que faça com suas próprias mãos”. Além de apontar Rogério como mandante do assassinato, a conversa, na avaliação da delegada Anaíde Barros, leva a entender que Calisângela sabia do plano e que a “namorada” do marido estava morta.
Por causa desses e de outros indícios reunidos no inquérito, Anaíde acha que, confessando ou não, Rogério poderá ser responsabilizado pelo assassinato. Maiana desapareceu no dia 21 de dezembro de 2011 e seu corpo só foi localizado duas semanas atrás, na região do Coxipó.

Chamado à delegacia por Anaíde, ontem à tarde Rogério, mais uma vez, disse que não responderia ao interrogatório da polícia e que falaria apenas em juízo. Entretanto, defendeu-se declarando que não arquitetou nenhum plano e que desconhecia o interesse de qualquer pessoa na morte de Maiana.
Rogério, que está preso há 15 dias, surpreendeu a delegada ao dizer que já está acostumado com a cadeia. “O pior já passou”, completou. Formado em Arquitetura, o empresário requisitou e teve concedido o direito à prisão especial.
Apesar de permanecer na Penitenciária Estadual do Pascoal Ramos, no Coxipó, agora ele não está mais em cela comum. Ele ainda defendeu a mulher, afirmando que ela também é inocente.
“Se Calisângela é inocente, por que não livrá-la da cadeia?”, perguntou a delegada a ele. A esse questionamento, Rogério, conforme Anaíde, respondeu que sua mulher também acabaria se acostumando com a cadeia. Na saída da DHPP, o empresário repetiu aos jornalistas que não sabia de plano de morte e que estava apaixonado por Maiana, com quem fazia planos de se casar em breve.
Na próxima segunda-feira, Anaíde deverá ouvir a mãe de Rogério, Antônia Panta da Silva Amorim, na casa de quem Maiana viveu os últimos meses de “namoro” com o empresário. De Antônia Amorim, em nome de quem estariam as empresas de Rogério, entre as quais a fábrica de pré-moldados para construção civil, a polícia quer saber, por exemplo, como foram os últimos dias de Maiana, se ela sabia de algum plano de morte e como o relacionamento da adolescente com Calisângela.

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