Defesa diz que Elize Matsunaga não premeditou assassinar o marido

Viúva de executivo da Yoki cumpre prisão temporária até o dia 28, mas a polícia quer que ela fique na cadeia até o julgamento.

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A defesa de Elize Matsunaga diz que ela não premeditou assassinar o marido, um executivo da empresa Yoki, e que ela tinha medo de perder a guarda da filha.

Elize Matsunaga está isolada em uma cela da cadeia de Itapevi, na Grande São Paulo. Ela cumpre prisão temporária até o dia 28, mas a polícia quer que ela fique presa até o julgamento.

“Nós entendemos que o inquérito está encerrado. O doutor Mauro vai relatar o inquérito e pedir a prisão preventiva”, diz o diretor do Departamento de Homicídios de São Paulo, Jorge Carrasco .

“Acho absolutamente desnecessário. Se ela quisesse ter fugido, teria fugido nesses 15 dias. Ela colaborou com as investigações. A regra é o réu responder o processo em liberdade”, defende o advogado de Elize, Luciano de Freitas.

A polícia já sabe o roteiro de Elize depois do crime. Ela seguiu em direção ao Paraná, onde mora a mãe, mas, no meio do caminho, decidiu voltar. Foi multada em uma estrada no interior de São Paulo e parada no posto da Polícia Rodoviária. Fontes ouvidas pelo Jornal Nacional garantem: o corpo de Marcos Matsunaga estava no porta-malas. Liberada, ela viajou mais 180 quilômetros e deixou o corpo em Cotia, na Grande São Paulo.

As malas foram abandonadas em uma caçamba na zona oeste da capital paulista. Elize também deu detalhes para os advogados sobre o relacionamento com Marcos. Disse que eles se conheceram em 2004 pela internet. Em 2007, foram morar juntos. E se casaram em 2009.

No ano seguinte ela descobriu que tinha sido traída, de acordo com a defesa. E uma nova traição foi o motivo da última discussão no apartamento.

“Ele falou: ‘Eu conheço teu passado, vou levar teu passado para a Vara de Família. Eu tenho dinheiro e você não tem’. Era o caso de ela ter sido garota de programa. Nesse momento, ela desferiu o tiro e ceifou a vida do Marcos”, descreve o advogado de Eliza.

Com a mãe presa e o pai morto, a filha, por enquanto, mora com uma tia no apartamento da família.