Cadela pode ter previsto tsunami no Japão

Animal da raça shitzu ajudou dona a encontrar lugar mais seguro da vizinhança. Um instituto japonês estuda se animais são capazes de prever catástrofes.
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Sabe-se que o homem já inventou vários aparelhos eletrônicos que ajudam a prever as catástrofes naturais. Mas há quem defenda que os melhores medidores desses desastres não têm nada de tecnológico.

Na internet, há vários vídeos mostrando o estranho comportamento de animais antes de terremotos. Um dos mais impressionantes é um tremor que ocorreu na Califórnia, nos Estados Unidos. Mas será que é verdade? Será que os animais são mesmo capazes de prever fenômenos da natureza?

Depois do terremoto e do tsunami do ano passado, surgiram dezenas de histórias de animais que teriam previsto as tragédias no Japão.

A mais famosa é de uma simpática cadelinha da raça shitzu. Babu, de 13 anos de idade, é uma heroína, Salvou a vida da dona, Tami Akanuma, de 85 anos. Da casa onde moravam, na cidade Miyako, não sobrou nada. Tami conta que, no dia 11 de março do ano passado, Babu já acordou mais agitada do que o normal. Não parava de andar pela casa. Tami estava assistindo a TV na sala quando aconteceu o terremoto. Ela decidiu buscar refúgio e levou Babu pela coleira.

No dia do tsunami, Babu foi puxando a dona por um caminho em direção ao lugar mais seguro da vizinhança.

O bairro onde elas moram tem barreiras de tsunami e uma delas é uma espécie de muro de dez metros de altura, que as duas tiveram que subir e passar por cima. A barreira não foi capaz de conter a onda gigante, que era bem mais alta. Dona Tami conta que seguiu sendo puxada por Babu até um morro.

"Enquanto fugíamos, vi a onda vindo atrás de nós. Cheguei a sentir os respingos da água no meu rosto", conta ela. "Se ela não me puxasse com tanta força, talvez eu não tivesse conseguido escapar ".

No caso da dona Tami, será que foi sorte ou realmente foi sua cadelinha que a salvou? Será que os bichos podem mesmo prever catástrofes? O que a ciência tem a falar sobre isso?

O Instituto Tecnológico de Kanagawa estuda essa suposta capacidade dos animais. E, às vezes, as "cobaias" atrapalham um pouco a pesquisa. Afinal, assim como os cientistas, elas são muito curiosas.

Kairo, um gato preto, e Mi, uma gata branca, são irmãos e vivem no laboratório chefiado pelo professor Naoyuki Yada, ao lado de peixes e ratos. Todo mundo se dá bem.

Os movimentos deles são monitorados a cada segundo pelos cientistas e comparados com os registros de terremotos no Japão. Os dois bichanos carregam medidores no pescoço que registram quantos passos dão. O professor mostra no computador o gráfico com as caminhadas de Kairo e de Mi, no começo do ano passado.

Não variava muito até que, dois dias antes do terremoto que provocou o tsunami, houve um salto. O número de passos foi mais do que o dobro.

O campeão das previsões no laboratório é um peixe africano. Se ele ficar muito agitado, é quase certo: vem terremoto por aí. Os cientistas instalaram um sensor infravermelho mais ou menos no meio do aquário, que mede quantas vezes o peixe nada de um lado para o outro. Se passar de duas mil vezes por dia, há 80% de chances de um terremoto nos quatro dias seguintes. No dia em que o repórter Roberto Kovalick visitou o laboratório estava em 203. Ou seja, eles podiam ficar tranquilos, sem previsão de terremoto, por enquanto. Ele é chamado de dipnoico ou peixe-pulmonado. E entre todos os peixes testados no laboratório, foi o que teve o maior número de acertos.


“Os bichos mudam o comportamento quando sentem alguma coisa estranha no ambiente, pelo olfato ou pela audição", diz o professor Yada. "Mas não sabemos as causas. Podem ser mudanças na pressão atmosférica, por exemplo”.

Para ajudar a prever os tremores, ele está criando uma rede de informações na internet, abastecida por estudantes japoneses que observam o comportamento de peixes distribuídos para várias escolas.

Os críticos desse tipo de pesquisa dizem que há tantos terremotos no Japão que qualquer um acertaria as previsões. Por via das dúvidas, quem confiou no seu bichinho de estimação, está vivo para contar a história.

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