Romilson Dourado
Prefeito interino Ananias Filho assenta tijolo, sob olhar de vereadores
Ananias leva vantagem também por outras razões. A principal delas é o fato de contar com o poderio da máquina, capaz de atender a diferentes demandas e das mais difíceis e complexas para cooptar aliados. Uma vez confirmado esse prognóstico, o republicano seguirá no mandato de prefeito até 31 de dezembro e já sonha com o projeto de reeleição.
Nessa nova fase, visando as urnas de outubro, enfrentará um páreo duro. O principal concorrente será o ex-prefeito de dois mandatos e deputado Percival Muniz, que também chegou ao comando do município, em 99, pelas portas do fundo, assim como aconteceu agora com Ananias. Percival era vice do peemedebista Alberto de Carvalho que, antes de ser cassado pela Câmara por atos de improbidade, renunciou ao mandato. Na época, o desgaste político de Percival era tanto que ele teria dificuldade de ser eleger presidente de bairro. Assim que assumiu como prefeito, não desperdiçou a chance única de reverter a situação. Ampliou as composições, com discurso de que seria importante governar com apoio de todos os grupos políticos, abriu estradas, pavimentou vários bairros, mesmo no empurrão do projeto do asfalto comunitário, atraiu indústrias e consolidou grandes projetos, como a construção do novo estádio. Não deu outra. Mudou-se conceito e garantiu a reeleição.
Deputado Percival Muniz, que vai disputar sucessão em Rondonópolis
No fritar dos ovos, a campanha visando o mandato de 4 anos tende a se polarizar entre Ananias e Percival, considerando a hipótese do republicano ser eleito pelos vereadores na próxima semana. Outros nomes que se apresentam como pré-candidatos a prefeito podem até ajudar a fomentar o debate e criar clima de disputa acirrada, mas não têm chances de êxito nas urnas, a não ser se ocorrer alguma reviravolta.
Rogério Salles, por exemplo, tem discurso duro, em defesa da moralidade e da ética e recebe incentivo de um grupo de servidores, mas é contraditório e vem amargando derrotas. Chegou ao poder duas vezes, mas a partir da eleição como vice, tanto de Carlos Bezerra, vindo a se tornar prefeito de Rondonópolis por 2 anos (94/96), quanto de Dante de Oliveira, quando veio a governar o Estado por 8 meses em 2002. Salles depois para senador e deputado federal, Rogério era um dos maiores defensores da gestão Pátio, principalmente pelo fato da esposa Marília Salles ter sido eleita vice-prefeita. Depois passou a descer o porrete na administração. No passado, ele fez igual com Bezerra. Wellington Fagundes, deputado federal de 6 mandatos, não se encoraja mais a concorrer a prefeito, após duas derrotas e mais a do filho João Antonio como vice de Adilton Sachetti no pleito de 2008. Adilton não quer saber de um novo teste das urnas. O casal Teté e Carlos Bezerra estão "queimados" e com forte desgaste.
Curiosamente, dois políticos populistas e que no passado recente estavam desacreditados politicamente e com conceitos ruins junto aos rondonopolitanos, souberam aproveitar a oportunidade de comandar o município, superando obstáculos. Assim, Ananias e Percival se apresentam. Um com a máquina nas mãos e, o outro, com o discurso de que precisa retomar o poder para resgatar as conquistas de sua época. É só aguardar para conferir.






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