“Não dá pra considerar somente os critérios desportivos para estabelecer as regras da Timemania. Pode ser que um time europeu seja reconhecido mundialmente e se sustente, porém, quando falamos de cultura e história local, como é o caso do Mixto, para esse torcedor o Mixto é o maior do mundo. O problema é que com um repasse mínimo ou até ficando de fora da lista, o clube corre risco até de existir”, disse Emanuelzinho. 

 

De acordo com a secretaria de esporte do governo federal, que esteve presente na audiência pública, a alteração na Timemania é justamente para que a modalidade seja mais atrativa ao torcedor e para os clubes de futebol. Segundo a pasta, com as novas regras os pequenos clubes que arrecadavam valores pequenos de na média R$6 mil, podem agora arrecadar até R$60 mil para, inclusive, garantir a folha de pagamento. 

 

“Acredito que falta incluir essa paixão pelo futebol, a rivalidade saudável que move o torcedor a acreditar, ajudar sua equipe nos critérios do Timemania e pensando nisso, incluir todos os times como volantes para que haja uma arrecadação justa e que essa fatia da loteria, possa de fato ajudar nas despesas de cada time”, argumenta.

 

Emanuelzinho concluiu sua fala lembrando da herança histórica e da “cuiabania”, como uma característica dos torcedores do Mixto. “Uma das maiores torcidas do nosso estado e é bonito de ver as famílias indo ao estádio, comemorando, torcendo e mostrando a importância do esporte também, no ambiente familiar”, concluiu.