Assessoria de Mendes exige que vereador prove existência de doação de empresa de ônibus para campanha


Ronaldo Pacheco - Da Reportagem Local


A acusação do vereador Toninho de Souza (PSD), de que o prefeito Mauro Mendes (PSB) teve sua eleição vitoriosa à Prefeitura de Cuiabá financiada por empresas do transporte coletivo, formulada na tribuna da Câmara Municipal, não provocou a reação contundente que se esperava da administração municipal. Em nome de Mendes, o secretário municipal de Governo, Fábio Garcia, exigiu que Toninho apresente prova e não faça ilações.

A principal defesa do prefeito da Capital, na avaliação de Garcia, é sua prestação de contas no Tribunal Regional Eleitoral (TRE).
“Creio que o nobre vereador deveria consultar os dados disponíveis na Justiça Eleitoral. Não é segredo. É público. Está lá para quem quiser conferir”, provocou o secretário de Governo, sem esconder uma ponta de ironia.

Fábio Garcia entende que a prestação de contas ao TRE é explícita e não necessita de explicações didáticas. “O senhor Toninho deve provar. Mandar a quem de direito investigar”, argumenta Garcia.

Sobre a acusação de que há favorecimento às concessionárias que operam o sistema, o secretário Municipal de Trânsito e Transporte (SMTU), Antenor Figueiredo, disse que a atual administração está honrando os contratos firmados pela gestão anterior. Ele nega que haja quaisquer favorecimentos.

Quanto à denúncia de falta de ônibus em diversos bairros, como Pedra 90 e Três Barras, por exemplo, Antenor Figueiredo diz que a questão é de logística, principalmente interdição de vias públicas por conta das obras da Copa do Pantanal Fifa 2014. “Nem adianta colocar mais ônibus, porque o problema é de agilidade no trajeto. Se por maior volume de ônibus, há sério risco de congestionar ainda mais, ao invés de resolver o problema”, completa Figueiredo.

Sobre a necessidade de 50% dos ônibus com ar condicionado até a Copa do Pantanal de 2014, Antenor Figueiredo disse que está fazendo um levantamento e que não há como julgar antes do prazo.