Retorno de sócios da boate Kiss para Santa Maria ainda é incerto

Integrantes da banda voltaram para a cidade onde ocorreu a tragédia

Familiares das vítimas protestaram em Santa Maria contra soltura de réus<br /><b>Crédito: </b> João Vilnei / Especial CP
Familiares das vítimas protestaram em Santa Maria contra soltura de réus
Crédito: João Vilnei / Especial CP
Pelo menos três dos quatro réus que foram soltos na quarta-feira apósdecisão do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS) devem permanecer na região Central para responder em liberdade ao processo referente ao incêndio na boate Kiss, que resultou na morte de 242 pessoas, desde 27 de janeiro. Mauro Hoffmann foi para uma cidade da região Central e Elissandro Spohr ainda decide seu paradeiro. Integrantes da banda Gurizada Fandangueira retornaram para a cidade onde ocorreu a tragédia.

• Familiares e amigos protestam contra soltura de réus da tragédia na Kiss

Os advogados do trio confirmaram o interesse dos clientes. O defensor Mário Cipriani confirmou que Mauro Hoffmann, um dos sócios da boate, vai passar o fim de semana junto de familiares em uma cidade da região. O jurista não quis revelar o local, mas assegurou que o cliente já havia entregue espontaneamente o passaporte à Justiça. Cipriani voltou a afirmar que o sócio da casa noturna não vai fugir do país e que, pelo contrário, deve acompanhar de perto o processo.

Os dois integrantes da banda Gurizada Fandangueira – o vocalista Marcelo de Jesus dos Santos e o produtor Luciano Bonilha Leão – voltaram para casa em Santa Maria depois de serem liberados da Penitenciária Estadual do município, na noite passada. A informação foi confirmada pelo advogado Gilmar Weber, que defende o produtor do grupo musical. O defensor garante, ainda, que os dois integrantes não possuem passaportes.

Já o paradeiro de Elissandro Spohr, um dos sócios da Kiss, pode ser definido em reunião com o advogado de defesa Jader Marques, realizada desde as primeiras horas da tarde desta quinta, em Porto Alegre. O local do encontro não foi revelado. Odefensor assegurou que o empresário não vai deixar o Estado e muito menos o País, como temem familiares das vítimas da tragédia e o Ministério Público. Depois de ser preso, em fim de janeiro, Spohr, que detém cidadania italiana, teve o passaporte retido.