Representantes de órgãos públicos e empresas discutem pactuação do fluxo de enfrentamento à exploração sexual de crianças e adolescentes
Profissionais da construtora Camargo Corrêa participaram nesta quarta-feira, 29 de maio, de uma reunião realizada pelo Conselho Tutelar de Jaci-Paraná tendo como mediador o representante da Associação Brasileira de Magistrados e Promotores de Justiça (ABMP), Raul Araújo. O encontro que faz parte das ações do Programa Grandes Obras pela Infância, aconteceu no Centro Administrativo de Jaci-Paraná e contou ainda com a presença de 20 participantes, entre eles, representantes da Polícia Militar, do Ministério Público, do Conselho Tutelar Distrital, SEMED, CRAS, CREAS, da Casa do Pai, entre outros, que debateram o fluxo de enfrentamento à violência e abuso sexual contra crianças e adolescentes.
A supervisora de Responsabilidade Social da construtora Camargo Corrêa, Cristiane Tessaro, ressaltou a importância da reunião. “Percebemos que existe o envolvimento e a vontade de todos os órgãos que compõem a Rede de Enfrentamento, visando à melhoria das ações de combate à violência contra crianças e adolescentes”, disse. A profissional argumentou que “partindo deste pressuposto, a construtora Camargo Corrêa tem sua parcela de participação, que é trabalhar na conscientização e sensibilização dos profissionais, quanto a este assunto, como por exemplo, as formas de denúncia”,destacou.
Ela acrescentou ainda que paralelo à sensibilização, a Camargo Corrêa realiza inúmeros projetos sociais no distrito de Jaci-Paraná, numa forma de prevenção e formação dos adolescentes sobre este assunto. “É importante frisar que a empresa é apenas mais uma peça deste grande quebra cabeça. Dentro da Rede, é preciso pensar em ações que conjuntas para o enfrentamento à exploração sexual de crianças e adolescentes. No canteiro de obras as sensibilizações abrangem desde os adolescentes até os caminhoneiros de passagem pela portaria, assim como todos os nossos profissionais. Externamente atuamos em parceria com o Instituto Camargo Corrêa e com a ONG Oficina de Imagens, por meio do projeto “Aqui Jaci fala” envolvendo crianças e adolescentes de Jaci-Paraná”.
No ponto de vista do promotor do Ministério Público, Marcos Tessila, apenas o inquérito não resolve, sendo necessário garantir proteção à vítima mediante atendimento humanizado e diferenciado. Para isso, é fundamental um monitoramento, assim como buscar a participação dos órgãos parceiros. “É preciso documentar e formalizar as denúncias, e a partir do momento em que a comunidade for conscientizada a situação pode mudar”, alertou.
Já o representante a ABMP frisou como fundamental a discussão sobre as grandes obras e suas compensações sociais. “Com este fluxo local, podemos melhorar o atendimento que vai garantir a proteção destas crianças e adolescentes vítimas de exploração sexual. É preciso deixar o discurso de lado e passarmos às ações”, declarou Araújo.
Fonte: jornalismo comunica