O prefeito avalia que, se Corpo de Bombeiros fizer uma inspeção no Palácio Alencastro mais de 1000 irregularidades serão detectadas
JOÃO RIBEIRO
Por conta da visível falta de estrutura do prédio Palácio Alencastro, sede da Prefeitura de Cuiabá, o prefeito Mauro Mendes (PSB), disse que se for feita uma inspeção de segurança do Corpo de Bombeiros no local, o laudo conclusivo, apresentaria mais de 1000 itens de irregularidades técnicas. Sobre isso, Mendes destaca que até o final do ano irá finalizar um projeto que prevê a criação da nova “casa do município”.
“Hoje o prédio está totalmente inadequado, se passar por uma inspeção do Corpo de Bombeiros, daria para fazer 1000 itens de pendências das irregularidades que o Palácio Alencastro contém. Nós queremos estar com o projeto da nova Prefeitura pronto até o final do ano para poder abrigar todas as secretarias. O local específico para a construção da sede ainda não foi escolhido", disse.
Como é notório a impossibilidade da Prefeitura construir o novo prédio no atual momento, devido a falta de recursos, Mendes declarou que pretende resolver os problemas precários da cidade e só depois captar recursos para no terceiro ou no último ano, dar inicio às obras da nova sede.
Para Mendes, custo de R$ 3,2 milhões por ano, que o município tem com o aluguel dos prédios das secretarias, dava para ser aplicado em outros segmentos. Agrupar todas as pastas em um único lugar reduziria os custos e melhoraria a eficiência do trabalho, segundo Mendes.
“Temos secretarias esparramadas por vários lugares e isso aumenta os custos. Nós pagamos por mês R$ 270 mil de aluguel. Temos hoje uma dificuldade operacional por conta das distâncias dessas secretarias. Com isso o valor logístico da nossa operação também aumenta. No caso, quando preciso falar com um secretário, ele tem que descolar até a Prefeitura, gerando um custo a mais”, afirma.
Antes da construção do Palácio Alencastro existia no mesmo local o Palácio Presidencial. O prédio servia de moradia para governadores, desde o Império até o início da República. Somente em 1959, na gestão do governador João Ponce de Arruda, o prédio de estilo neoclássico foi demolido para dar lugar a uma nova edificação, a hoje combalida sede do Alencastro. Na época, nem se cogitou a hipótese de se preservar o velho casarão.