Polícia quer reunir provas de que cuidadora tinha conhecimento que marido abusava de crianças
Vivendo juntos há mais de 20 anos, o pintor Edilson Bispo da Silva, 43 anos, e sua mulher, de 38, são alvos de investigação da Polícia Civil, que apura denúncias de abuso sexual contra 10 crianças, com idades que variam de 1 a 8 anos. A mulher é cuidadora de crianças no bairro Éden, zona industrial. Na sexta-feira, a DDM (Delegacia de Defesa da Mulher) cumpriu o mandado de prisão temporária contra o pintor.
Na manhã de ontem, a delegada titular da DDM, Ana Luiza Salomone e o delegado seccional Marcelo Carriel falaram sobre o caso, em entrevista coletiva. “Baseado no depoimento das vítimas, estamos reunindo provas contundentes de que a cuidadora sabia dos abusos praticados pelo marido, ou seja, ela é suspeita de ser conivente com a situação”, explica a delegada.
A mãe de uma menina de 4 anos, que permanecia sob os cuidados da suspeita, encontrou muita pomada para assadura no órgão genital da filha. Ao ser questionada, a cuidadora disse que ela estava com assadura. A mãe levou a menina ao médico, que disse que havia sinais de abusos sexuais.
Este boletim de ocorrência iniciou a investigação, que levou a uma segunda possível vítima. O depoimento das duas crianças e seus familiares foram colhidos na própria delegacia. “As vítimas forneceram detalhes, reproduzindo gestos e expressões que crianças desta idade não teriam condições de inventar”, conta a delegada, que tem formação específica para colher depoimentos como este. Os exames que constatarão os abusos devem ficar prontos nas próximas semanas.
Segundo as vítimas, o pintor abusava de todas as crianças que estavam sob os cuidados de sua companheira: nos bebês ele tocava no bumbum, nos meninos ele usava a boca e, nas meninas, ele introduzia o dedo. As duas vítimas ouvidas costumavam ser levadas juntas para o cômodo no qual o crime era praticado. “As crianças disseram que os abusos foram praticados várias vezes, em vários cômodos da casa”, ressalta a titular da DDM.
Algumas vezes, a cuidadora estava ausente, levando crianças na escola, mas noutras ela estaria na casa. “As vítimas dizem que relataram os abusos à cuidadora, que sempre dizia que iria chamar a polícia para o companheiro ou lhe dava algumas chineladas, mas nunca o corrigiu de forma contundente”, complementa a delegada. Além disso, as meninas contam que o acusado também tinha atitudes sexuais com a mulher na frente dos menores.
Sob os cuidados do casal também está um menino de 7 anos, que está em processo de adoção para se tornar filho dos suspeitos. “Iremos ouvi-lo [o menino] com o apoio do Conselho Tutelar, assim como o sobrinho do casal, de cinco anos, que também fica na casa durante o dia”, relata a delegada Ana Luiza. A Polícia Civil não informou se a cuidadora continua com suas atividades no Éden. “A suspeita é conhecida pelo bom trabalho que executa, muitas mães a procuram e confiam inteiramente nos cuidados que ela oferece.”
O delegado seccional enfatiza a preocupação de que possa ter outras vítimas deste crime. “O local é totalmente informal e funciona sem qualquer fiscalização. Estamos investigando para descobrir se houve vítimas anteriores.” Em depoimento, o casal negou o crime. Na tarde de ontem, quatro crianças seriam ouvidas, mas faltaram ao depoimento. Seus pais foram novamente intimados e deverão comparecer à delegacia hoje.
Na manhã de ontem, a delegada titular da DDM, Ana Luiza Salomone e o delegado seccional Marcelo Carriel falaram sobre o caso, em entrevista coletiva. “Baseado no depoimento das vítimas, estamos reunindo provas contundentes de que a cuidadora sabia dos abusos praticados pelo marido, ou seja, ela é suspeita de ser conivente com a situação”, explica a delegada.
A mãe de uma menina de 4 anos, que permanecia sob os cuidados da suspeita, encontrou muita pomada para assadura no órgão genital da filha. Ao ser questionada, a cuidadora disse que ela estava com assadura. A mãe levou a menina ao médico, que disse que havia sinais de abusos sexuais.
Este boletim de ocorrência iniciou a investigação, que levou a uma segunda possível vítima. O depoimento das duas crianças e seus familiares foram colhidos na própria delegacia. “As vítimas forneceram detalhes, reproduzindo gestos e expressões que crianças desta idade não teriam condições de inventar”, conta a delegada, que tem formação específica para colher depoimentos como este. Os exames que constatarão os abusos devem ficar prontos nas próximas semanas.
Segundo as vítimas, o pintor abusava de todas as crianças que estavam sob os cuidados de sua companheira: nos bebês ele tocava no bumbum, nos meninos ele usava a boca e, nas meninas, ele introduzia o dedo. As duas vítimas ouvidas costumavam ser levadas juntas para o cômodo no qual o crime era praticado. “As crianças disseram que os abusos foram praticados várias vezes, em vários cômodos da casa”, ressalta a titular da DDM.
Algumas vezes, a cuidadora estava ausente, levando crianças na escola, mas noutras ela estaria na casa. “As vítimas dizem que relataram os abusos à cuidadora, que sempre dizia que iria chamar a polícia para o companheiro ou lhe dava algumas chineladas, mas nunca o corrigiu de forma contundente”, complementa a delegada. Além disso, as meninas contam que o acusado também tinha atitudes sexuais com a mulher na frente dos menores.
Sob os cuidados do casal também está um menino de 7 anos, que está em processo de adoção para se tornar filho dos suspeitos. “Iremos ouvi-lo [o menino] com o apoio do Conselho Tutelar, assim como o sobrinho do casal, de cinco anos, que também fica na casa durante o dia”, relata a delegada Ana Luiza. A Polícia Civil não informou se a cuidadora continua com suas atividades no Éden. “A suspeita é conhecida pelo bom trabalho que executa, muitas mães a procuram e confiam inteiramente nos cuidados que ela oferece.”
O delegado seccional enfatiza a preocupação de que possa ter outras vítimas deste crime. “O local é totalmente informal e funciona sem qualquer fiscalização. Estamos investigando para descobrir se houve vítimas anteriores.” Em depoimento, o casal negou o crime. Na tarde de ontem, quatro crianças seriam ouvidas, mas faltaram ao depoimento. Seus pais foram novamente intimados e deverão comparecer à delegacia hoje.
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