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Antes ligado ao PR, Pagot deixou o Dnit de maneira extremamente conturbada.

Agência Brasil

Pagot e suas pretenções políticas

ANA ADÉLIA JÁCOMO

O ex-diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Luiz Antônio Pagot afirmou com exclusividade ao RepórterMT nesta sexta-feira (5) que foi convidado pelo ex-prefeito e presidente estadual do PTB Chico Galindo para se filiar na legenda. Pagot aceitou o convite e sua filiação deve ser anunciada pela agremiação nos próximos dias.

O encontro ocorreu nesta sexta numa peixaria da Capital. Além de Galindo, o presidente municipal do PTB, Carlos Haddad, também participou do almoço. Em clima de comemoração, o trio estaria articulando uma possível candidatura de Pagot para concorrer ao cargo de governador no próximo ano.

Apesar das especulações, Pagot preferiu se manter neutro, mas não descartou a princípio uma candidatura ao Governo do Estado. Ele afirmou que um grupo de amigos também se filiaram na legenda, no entanto, não quis revelar mais nomes que optaram pela sigla.

“Aceitei me registrar no PTB, mas o futuro não sei. Como eu não tenho autorização eu não vou falar o nome do grupo de pessoas que se filiaram no partido. Isso deve ser anunciado pelo Chico Galindo. Quero deixar claro que tenho um histórico de construção partidária. Sempre ajudei muito os partidos que me filiei e estou ingressando no PTB com esse objetivo”, disse o ex-diretor do Dnit.

Recentemente, ele também teve seu nome vinculado a possibilidade de substituir o secretário da Secopa Maurício Guimarães. Leia AQUI.

Membros do PTB afirmaram que o clima de candidatura está forte nos bastidores da agremiação. O nome de Pagot seria visto com bons olhos por boa parte dos filiados e como o partido tem poucas opções, o ex-homem forte do Dnit poderia ser uma maneira de demarcar território no próximo pleito. "Durante o almoço eles estavam alegres. O entendimento é que Pagot é um grande nome e fortaleceria bastante o grupo", disse a fonte.

Antes ligado ao PR, Pagot deixou o Dnit de maneira extremamente conturbada. O contraventor Carlinhos Cachoeira e o representante da empresa Delta para o Centro-Oeste, Cláudio Abreu, o bombardearam com acusações de cobrança de propina. O relator da CPI, deputado Odair Cunha (PT-MG) disse, à época, que interceptações telefônicas mostram Cachoeira e Abreu comemorando a saída de Pagot do órgão federal.

Afilhado político do senador Blairo Maggi (PR), Pagot sempre foi defendido pelo republicano. No entanto, caso seja lançado para concorrer à vaga de chefe do Executivo ele deve enfrentar Maggi na disputa. Além deles, podem concorrer ao cargo o senador Pedro Taques (PDT).

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