Mauro Mendes encampou uma ideia genial: contratar 20 projetistas para formatar as obras de interesse presente e futuro da cidade mas tem dificuldade para encontrar projetistas.
Itamar Perenha / Cuiabá-MT
A ideia genial de se contratar um quadro de projetistas para darem conformação a obras do presente e de interesse futuro da Prefeitura de Cuiabá esbarra numa realidade de mercado: faltam profissionais disponíveis.
O “fac totum” Fabio Garcia está procurando profissionais para comporem o quadro de projetistas e descobriu que esse perfil profissional transformou-se em raridade no mercado de trabalho.
O “quadro especializado de projetistas” que caiu no gosto do prefeito transformou-se em grande dissabor já que não se encontram, com facilidade, profissionais no mercado de trabalho com disposição para se deslocarem das atuais ocupações para uma carreira pública.
Uma atividade necessária
O PAC – Programa de Aceleração do Crescimento, nas modalidades I e II, transformou os Estados e Municípios em parceiros da União para uma gama incomum de obras públicas.
Na maior parte dos casos as verbas são aplicadas a “fundo perdido” ou com uma pequena contrapartida dos entes federados convenentes que se responsabilizam, contudo, pelos respectivos projetos.
Há programas federais com lauta previsão de recursos orçamentários que encontram dificuldades de execução física por falta de mão de obra tanto especializada quanto a mão de obra comum com possibilidades de ser absorvida rapidamente nas tarefas mais simples.
Para que a Prefeitura possa compor a tramitação de um bom portfólio de projetos há necessidade de dispor de quadros capazes de elaborar e é justamente esse tipo de profissional que vem sendo cada vez mais disputado pelas empresas.
Assim, a solução mais viável para a Prefeitura, ao invés da composição de quadros orgânicos seria a contratação de empresas especializadas que permitiriam a estruturação de uma carteira com a qualidade necessária para superar as barreiras técnicas que normalmente entravam a tramitação em âmbito federal.
Que fazer?
Está aí, também, um dos desafios que o prefeito se propôs a enfrentar na carta aberta que dirigiu à população cuiabana quando confessou, de maneira cândida, nas raias da incompetência administrativa e gerencial, que só agora, com mais dados nas mãos, consegue avaliar a magnitude dos problemas deverá enfrentar.
Para que não se diga que para Turma do EPA “quanto pior, melhor” fica registrada, na manchete desta reportagem, o lembrete que não custa repetir: “Prefeitura de Cuiabá contrata, com urgência, projetistas.”