O Vídeo acima mostra, a partir do tempo 7’54”, que uma de suas principais promessas de campanha, quando candidato a prefeito de Cuiabá, passará por muitas dificuldades de realização. Mauro Mendes (PSB) disse, quando concorreu com o ex-vereador Lúdio Cabral (PT), que construiria 40 novas creches em Cuiabá. Já são mais de 100 dias à frente da prefeitura e até o momento nenhuma foi inaugurada.
O setor de educação deve viver dias de mais turbulência e precariedade. Uma reportagem publicada no site Midianews mostra que a situação nessa área pode ter conseqüências ainda maiores. Na sequência, após falar das creches, Mauro fala sobre a recuperação das escolas. O prefeito disse que faria um grande trabalho de recuperação e de melhoria da qualidade de infraestrutura das escolas de Cuiabá.
Mas ao conhecer a realidade do cofre da prefeitura, a gestão Mauro Mendes parece que vai ter de mudar o discurso, ou encontrar outro caminho para amenizar a situação e tentar cumprir pelo menos parte do que se prometeu. Ainda mais ao saber que o prefeito encontrou a prefeitura toda endividada, com um valor que chega perto de 1 bilhão de reais, segundo notícias publicadas na imprensa.
Segundo a reportagem, estudos preliminares realizados pela Secretaria Municipal de Educação de Cuiabá indicam que são necessários R$ 144 milhões para reformar cerca de 80 escolas e creches da Capital.
De acordo com o site, o valor, segundo o secretário Gilberto Figueiredo, leva em conta uma reforma completa dos locais, incluindo mudança nos telhados, parte elétrica, acessibilidade e, em alguns casos, ampliação.
Ainda de acordo com a reportagem, com uma verba de R$ 4,8 milhões ao ano para reformas de unidades escolares, sendo que parte ficou comprometida devido aos R$ 24 milhões de restos a pagar deixados na gestão do ex-prefeito Chico Galindo (PTB), o titular da pasta afirmou que as obras são apenas “sonhos de consumo”.
“Eu já sei que não vou ter esses R$ 144 milhões. Falar nesse valor é um sonho de consumo e, por isso mesmo, teremos que rever o plano. Já conversei com o prefeito Mauro Mendes (PSB) e chegamos a uma conclusão. Qual é o maior problema das escolas hoje? Quando chove dentro das salas, cai na parte elétrica, destrói o forro e tudo que tem para baixo. Então, vamos atacar os telhados, é nosso Plano B”, afirmou Figueiredo.
Segundo o secretário, o próximo passo é definir quais serão as primeiras unidades de ensino a passarem pelas mudanças.
“Precisamos saber ainda se o Município vai permitir recursos a ponto de fazer em todas, se vamos dividir. O objetivo é que troquemos o telhado por um com duração de 30 anos”, explicou.
Além de recursos extras da Prefeitura, outra saída é tentar junto ao Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação (FNDE) patrocínio para reformas.
“O problema é que o FNDE não gosta de patrocinar, ele prefere dar uma escola nova a reformar uma e, logicamente, se conseguirmos algo, o valor não será suficiente para destruir e construir em seguida. Grande parte das nossas unidades hoje é feita em um estilo que não é o ideal e praticamente o que se aproveitaria seriam as paredes. E, mesmo assim, não é o ideal, porque os bairros cresceram e as necessidades mudaram”, disse.