Pizza completa:Pinheiro é enxovalhado por deputados, abandonado por colegas de partido e sofre derrota para Riva



Da Redação - Rodrigo Maciel Meloni
Foto: Reprodução
Pinheiro é enxovalhado por deputados, abandonado por colegas de partido e sofre derrota para Riva
De um lado do ringue, o deputado Emanuel Pinheiro (PR). De outro lado, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado José Riva (PSD), atuando como advogado moral do vice-governador e secretário Estadual das Cidades, Chico Daltro, colega de partido de Riva. Em disputa de cunho mais ideológico do que político, a legalidade do suposto acúmulo de cargos praticado por Daltro, denunciado por Pinheiro como uma aberração jurídica.

Se estava dando certo por que tirou superpoder de Daltro?, diz Pinheiro
Riva é contra projeto de Pinheiro que tira superpoderes de Chico Daltro

Pinheiro começou a luta se defendendo da acusação de perseguição pessoal ao vice-governador, defesa que usou até o final da contenda. Lembrou que nenhum servidor está acima das instituições, e que a lei tem que ser aplicada para todos com igualdade. “Gostaria de sensibiliza-los para inapropriedade deste parecer, pois dar superpoderes a um servidor é desprezar o Estado de Mato Grosso”, golpeou Pinheiro.

Apontou para o estratosférico aumento do orçamento comandado por Daltro, que de um ano para outro passou de pouco mais de R$ 840 mil para quase R$ 300 milhões. “Mais uma vez quero registrar que não estou em um pelejo pessoal contra o vice-governador, não sou tacanho; mas que o acúmulo de cargos causa um constrangimento político, mais do que jurídico, isso causa”.

Invoco Estatuto do Servidor Público para mostrar que o acúmulo de cargos é matéria vencida; golpe seguinte ressuscitou Rui Barbosa e disse que ele deveria estar se remexendo em sua cova com tal aberração jurídica. “Não podemos permitir que a Constituição Federal seja rasgada”, observou. Definiu a situação de Daltro como uma “agressão ao ordenamento jurídico”.

O campeão por seis vezes consecutivas e titular absoluto do cinturão de deputado estadual com mais vitórias no plenário, Riva se pos a desmontar, um por um, os ataques do colega. “Daltro não é ordenador de despesas, e você, quando fala sobre os orçamentos comandados por ele, mente, pois este números apresentados por você estão equivocados”.

Lembrou que seu ‘braço político’ dentro do Executivo trouxe em investimentos para o estado mais de R$ 2 bilhões. “Daltro conseguiu o que ninguém no Brasil conseguiu: financiar com verba da Vice-governadoria a contrapartida da construção de 50 mil casas”. Ao deixar o ringue, já tinha vencido por antecedência a briga sem dar um único golpe no adversário.

A derrota foi gritante: 13 votaram contra o projeto e somente dois - Luciane Bezerra (PSB) e o próprio Emanuel contra o parecer. 

...no ventilador

Mas foi quando Pinheiro deu seu último e baixo golpe, ao chamar o parecer de monstrengo, que a roda da fortuna se virou contra o parlamentar. O deputado petista Alexandre César, que parecia simpático ao projeto apresentado por Pinheiro, se mostrou indignado com o posicionamento do colega e retirou qualquer tipo de apoio.

Visivelmente nervoso e irritado com o colega de partido, Mauro Savi, líder do PR, disse que o desrespeito de Pinheiro com seus pares o entristece. “Seu encaminhamento é pessoal, e você vem falar em moral, ética?”. O racha entre as lideranças do PR ficou clara. “Bom senso, serenidade e respeito a todos lhe faltou”, continuou Savi, que apequenou a performance do republicano desqualificando uma por uma suas pontuações. “Gosto muito de você, mas muitas posições pessoais eu não compartilho”. Cobrou, por diversas vezes, um comportamento mais respeitoso.

“É inconcebível, inaceitável, parlamentar chamar de aberração e monstrengo trabalho feito por deputados”, disse Walter Rabello (PSD), defendendo a si e o projeto confeccionado por ele próprio. “Tenho história, sou pai de família, não ofenda a honra e a moral dos deputados que assinaram este parecer”, asseverou Walter Rabello.


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