PF de Mato Grosso pede ajuda à Interpol


Ontem a polícia tentou fazer o retrato falado do homem acusado de invadir e levar Ida Verônica, 8 anos, da casa dos pais adotivos


Até mesmo polícia boliviana foi contactada pelos policiais brasileiros para ajudar nas buscas
ALECY ALVES
Da Reportagem

A polícia mato-grossense pediu ajuda à Interpol(Organização Internacional de Polícia Criminal) na investigação do sequestro de Ida Verônica Feliz, de 8 anos. Ela foi levada de casa na sexta-feira e os suspeitos são os pais biológicos, um casal envolvido com o tráfico internacional de drogas.

As suspeitas são de que a menina tenha saído do Brasil em um avião. A polícia acredita que com destino à Bolívia.

A PF informou ontem, por meio da assessoria de imprensa, que “é de praxe comunicar a Interpol sobre esse tipo de crime”.

Conforme a PF, os agentes que atuam em todas as unidades do estado estão informados do sequestro da menina.

Já o Grupo Especializado de Fronteira (Gefron), da Polícia Militar, foi um pouco além. O comandante, major Wanclei Rodrigues, informou que pediu ajuda à policia boliviana.

Rodrigues diz que esteve na Bolívia no final de semana para informar as autoridades do país vizinho sobre o sequestro e entregar dois cartazes, um com a foto de Ida Verônica e outro do pai biológico dela, o traficante Pablo Milano Escarfulleri.

Ontem, o delegado Flávio Stringueta, da Gerência de Combate ao Crime

Organizado (GCCO), descartou a possibilidade de ser mais um caso de sequestro, que condicionaria a libertação da vítima ao pagamento de resgate.

Apesar da existência de uma mensagem, exigindo que a polícia fosse afastada das investigações. O delegado e a família adotiva estão certos de que Ida Verônica foi levada por ordem de Élida Isabel Feliz, 35 anos, e do marido dela, Pablo Milano Escarfulleri, 46 anos. Eles são de origem dominicana e italiana, respectivamente.

O casal perdeu a guarda da menina há seis anos.

Há quase três anos, eles fizeram o mesmo que em Tubarão, Santa Catarina. Lá, em outubro de 2010, sequestraram o filho de quatro anos, que também vivia com uma família adotiva. A criança jamais foi localizada.

A GCCO identificou o dono do celular que originou a mensagem O aparelho é de uma mulher do interior do estado, cuja identidade e a cidade onde mora estão sendo mantidos em sigilo. Ela declarou ter sido pressionada a emprestar o aparelho para uns homens e eles o usaram para enviar a mensagem.

Até ontem a polícia não havia feito o retrato-falado do homem que entrou na casa, rendeu Daniele Siqueira, irmã adotiva de Ida Verônica.

O GCCO deixou para fazer isso ontem, mas Daniele não conseguiu repassar as informações das características físicas do sequestrador. Hoje ela deve tentar novamente.