Pedofilia é debatida em Escolas Públicas de Rondônia


O professor Sabiá agradece a direção das escolas que tem colaborado
Rondônia-  Por iniciativa do servidor da Secretaria de Estado da Educação (Seduc), coordenador disciplinar da Escola Carmela Dutra, Sebastião Leitão de Araújo (Sabiá), e com apoio das escolas da rede estadual de ensino, vem sendo realizadas palestras nas escolas em Porto Velho há mais de cinco anos, com intuito de auxiliar e detectar casos de pedofilia envolvendo alunos.
De acordo com o palestrante Sabiá, vários casos de crianças tem sido detectado, através das orientações onde são reveladas por crianças e adolescentes que passaram ou passam por essa situação. “A que mais me marcou foi o relato de uma garota que tinha 14 anos e era abusada sexualmente pelo próprio pai e irmão e se não bastasse, a mãe da garota não acreditou e transferiu a filha da escola ”, declarou o coordenador.


Quando casos como esse são detectados, é aconselhado aos orientadores e diretores escolares que comuniquem ao conselho tutelar e se esse aluno declarou já ter sido abusado é aconselhado ainda a chamar a policia para que essa criança seja imediatamente retirada da situação de risco.


Sabiá ainda conta que com a experiência que tem sobre o tema, normalmente a mãe não acredita de imediato, quando o fato é revelado, pois quase sempre o agressor é o próprio pai ou alguém muito próximo à família.


Em suas palestras, o coordenador disciplinar orienta não só aos alunos, mas também aos pais para que fiquem atentos não só em casa, mas em todos os lugares onde os filhos frequentam e, principalmente, em redes sociais onde também têm acontecido vários casos. “Hoje em dia não é aconselhável nem ir à casa de amigos fazer trabalhos escolares, pois pode haver o risco de ter um pedófilo no local. Existem dois tipos de pedófilos: o pedófilo ocasional, que aproveita a oportunidade e facilidade para cometer o ato e existe o pedófilo estrutural, aquele que planeja o local e a vítima”, finaliza Sabiá.


Ainda nas palestras são ressaltadas observações como a de que o pedófilo pode ser qualquer pessoa homem ou mulher, sem distinção de raça ou classe social. Estes casos precisam ser detectados o quanto antes e a escola esteja preparada para que essa criança tenha o suporte necessário para se desenvolver com saúde física e mental.


O professor Sabiá agradece a direção das escolas que tem colaborado para que as palestras sejam realizadas, onde o principal beneficiado são as crianças e adolescentes que aprendem a detectar e denunciar supostos pedófilos que muitas vezes rondam as escolas em busca de uma vítima.


Para que se possa denunciar casos de pedofilia existe o  Disque 100,  “Todos contra a Pedofilia”, serviço gratuito e o contato poder ser feito por qualquer pessoa da sociedade.


Texto:Deane Araújo