"É um total desrespeito para com a sociedade", disparou o vereador e presidente da Comissão de Saúde, Ricardo Saad (PSDB) contra a insensibilidade do prefeito Mauro Mendes (PSB) e secretários que não se prontificaram a receber um abaixo assinado contendo mais de 48 mil assinaturas, pedindo a permanência da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) no bairro Pascoal Ramos, em Cuiabá.
O grupo que foi ao Palácio Alencastro entregar o documento às autoridades municipais ficou frustrado, porque não conseguiu falar com Mauro Mendes que tinha um compromisso oficial em Brasília. E muito menos com algum secretário do prefeito cuiabano.
Além de Ricardo Saad, os vereadores Arilson da Silva (PT) e Maurélio Ribeiro (PSDB) também compareceram para prestigiar a entrega do abaixo assinado, o que acabou não acontecendo.
“Não houve nem sequer um secretário para receber o abaixo assinado dos moradores, isto é uma falta de respeito. O abaixo assinado demonstra a vontade popular e a Prefeitura deve levar isso em conta”, disse Ricardo Saad que é radicalmente contra a mudança da UPA.
Já o prefeito Mauro Mendes (PSB), na última terça-feira, 23, assegurou que não irá ceder à pressão popular, chegando a mencionar que existem pessoas preocupadas em “fazer barulho”, com a questão. Ele sustentou que 48 mil assinaturas não refletem o desejo da sociedade cuiabana: “A UPA não é do Pascoal Ramos, a UPA é para o atendimento de 250 mil pessoas. Defendo que a UPA seja transferida para Avenida das Torres, é uma localização estratégica”, disse.
Mauro Mendes também acredita que há interesses políticos nesta mobilização: “É preciso ter foco naquilo que é importante. Não discuto quando não há argumentos”, afirmou o prefeito.
A Prefeitura paralisou a construção da UPA a cerca de um mês, e desde então busca brechas para transferir a unidade de saúde para a Avenida das Torres, o que coloca em risco o recebimento dos recursos do Governo Federal.
Redação ANoticiaMT
