Ricardo Saad (PSDB) Vereador diz que ‘interesse pessoal’ motiva desejo de Mauro Mendes de mudar UPA de lugar


Da Redação - Laura Petraglia
Foto: Reprodução
Vereador diz que ‘interesse pessoal’ motiva desejo de Mauro Mendes de mudar UPA de lugar
Com o compromisso de ‘cuidar das pessoas da Região do Pascoal Ramos’ o prefeito Mauro Mendes (PSB) foi eleito com 36,943 votos somente daquele bairro e agora voltou atrás na principal promessa de campanha aos moradores, a construção da Unidade de Pronto Atendimento (UPA). O prefeito insiste em transferir a obra que já está licitada, e que já foi inclusive iniciada, para outro local. O vereador 
 não crê em outro motivo que não seja por ‘interesse pessoal’.

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Na tarde desta quinta-feira (25), o vereador liderou um grupo de moradores para uma audiência com o defensor público geral do Estado, Djalma Sabo Mendes, em busca de medidas judiciais que impeçam o prefeito que transferir a UPA para outro lugar.

“Algum interesse pessoal, não vejo outra coisa que não seja isso. No começo eu pensava em duas hipóteses. A primeira que o Mauro queria tirar a UPA dali para beneficiar a região do vereador da sua base aliada, o Adilson Levante. A segunda era que seria pra favorecer o secretário de Saúde Kamil Fares, comprando e construindo no terreno dele essa UPA, mas depois isso também caiu, então ao meu ver tem algum interesse pessoal por trás”, disse.

Todo o imbróglio começou quando Mendes afirmara que mudança de local da UPA seria necessária por se tratar de um terreno pantanoso e impróprio. Na sequência um relatório do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Mato Grosso (Crea) considerou “sem cabimento” a afirmação da Prefeitura de Cuiabá e apto à construção.

Na sequência, a prefeitura alegou que apesar de a obra estar em sua fase inicial, na gestão de Chico Galindo, o contrato já foi aditivado em 23%, sendo que no que rege a legislação, os aditivos podem ser até 25%. De acordo com a assessoria, restaram-se apenas 2%, não é possível concluir uma obra que poderá ter gastos maiores. A segunda questão seria referente à logística, pois o local escolhido para ser construída a UPA é de difícil acesso e ficará ‘restrita’ à população do Pascoal Ramos.

O fato é que os moradores alegam que além o centro comunitário foi desapropriado e um valor de R$ 186 mil pago. Além disso, a obra já foi licitada, o recurso já está garantido, e não há porque a UPA não ser construída no local.

O defensor-geral disse aos moradores que antes de ingressar com qualquer medida judicial irá requisitar formalmente explicações da Prefeitura sobre os motivos para a mudança de local.